domingo, 1 de fevereiro de 2009

primeiro hotel brasileiro

SANTOS DUMONT – PAI DO TURISMO BRASILEIRO!
Átila José Borges



Na primeira década do século passado, os meios de comunicação eram bastante precários e escassos, mas mesmo assim um genial brasileiro era conhecido em boa parte do mundo. ALBERTO SANTOS DUMONT-cognominado o PAI DA AVIAÇÂO – e que cobriu de glórias o nosso país. Os principais países daquela época disputavam à honra de tê-lo como hóspede oficial. O que dizer então de um país sul-americano em recebê-lo? E quanto mais de uma cidade brasileira?
Indiscutivelmente Santos Dumont era um astro de primeira grandeza para a incipiente mídia existente. No auge de sua fama, mais precisamente em 1910 e então com trinta e sete anos, encerrou a sua laureada carreira de inventor, construtor e aviador, inclusive como piloto-de-provas dos seus próprios inventos. Ele estava agora mais livre para atender aos inúmeros convites de todo o mundo. Em abril de 1916 é realizado no Chile um Congresso de Aviação para o qual Santos Dumont é o convidado de honra e, como principal atração, acaba suplantando até as últimas “máquinas voadoras” levadas pelos congressistas. Após o Congresso e quando deveria regressar ao Brasil, via Buenos Aires, cede aos apelos das autoridades argentinas para visitar as “extraordinárias Cataratas do Rio Iguassu”. A bordo de um barco argentino ele chega a “Puerto Iguassu” no dia 22 de abril de 1916, hospedando-se no hotel de Leandro Arechea em Puerto Aguirre na Argentina. Tinha agora quarenta e três anos. Possuía aproximadamente cinqüenta quilos e uma estatura de aproximadamente 1,52cm.
Henrique Dumont Villares, seu tio, escreve: “meu sobrinho gostava de caminhadas. Muito metódico e organizado, era dotado, também, de uma simplicidade natural. Não gostava de fumo e bebida. Apreciava participar de concertos e de ir a teatros. Tinha aversão ao jogo e às frivolidades. Admirava e praticava esportes, sobretudo o tênis. Gozava de excelente saúde, a despeito do corpo franzino”.
Do Congresso de Aviação no Chile, trouxera uma preciosa lembrança; um porta-retrato com a fotografia da chilena Maria Luiza que conhecera durante o evento. Essa lembrança pode ser vista no “Museu da Encantada” em Petrópolis - Rio de Janeiro.

UM ENFOQUE NECESSÁRIO

Em 1915 um brasileiro de nome Frederico Engel estava estabelecido com um hotel em Posadas-Missiones, na Argentina. Um dia recebe um hóspede ilustre: Coronel Jorge Schimmelpfeng, então prefeito da “Vila da Foz do Iguassu” que acaba incentivando o hoteleiro para se instalar na cidade brasileira. Conhecendo o vilarejo de perto e a beleza extraordinária dos “Saltos de Santa Maria”, do lado brasileiro, e animado pelo convite do prefeito, Frederico muda-se com a família. No dia 15 de novembro de 1915 inaugura naquela localidade, o Hotel Brasil, sendo assim o primeiro gerente hoteleiro da cidade.


Avenida Brasil em Foz de Iguaçu – Ano: 1917.
O prédio à direita é o Hotel Brasil – o primeiro hotel da cidade onde se hospedou Santos Dumont.


“À medida que a carroça avançava lentamente com grandes dificuldades, para o turista amante da natureza, esse tempo passava ligeiro, embora fossem tomadas mais de seis horas”. A viagem era sempre cheia de surpresas, além da contemplação da imensa riqueza da mata virgem, das aves e dos bichos. Bandos de papagaios, cabritos, tucanos, pombas, jacus, patos silvestres, araras, garças, andorinhas e passarinhos de todas as espécies enchiam a mata de vida e encanto. Eram comuns encontram milhares de borboletas reunidas que formavam manchas no chão e com a passagem da carroça revoavam, formando verdadeiras nuvens multicores. A fauna era rica, tinha bandos de macacos a saltitar de uma árvore para outra, quatis, lagartos, veados que fugiam assustados ao ver a presença dos intrusos. Também existiam muitas cobras, aranhas-caranguejeiras e até onças que deixavam seus rastros marcados na lama da estrada. Afinal, não era só a vida da fauna que distraía o sacrificado “turista”. Existiam maravilhosas parasitas, orquídeas em árvores frondosas de onde pendiam imensos cipós. Os lindos e frondosos ipês, cobertos de flores amarelas e roxas... Era uma maravilhosa picada que “Culminava com as Cataratas em uma vegetação e fauna vivas."


1915 – Os turistas eram transportados até as Cataratas em precárias estradas carroçáveis.
O percurso durava seis horas. Na foto, de 1915, o irmão de Dona Elfrida Rios transporta um grupo de turistas


Dona Elfrida não continha as emoções sempre ao relatar as preciosas passagens em sua vida. Seus olhos marejavam constantemente em olhos cristalinos e expressivamente vivos. Costumava dizer: "só quem participou como eu, dos árduos trabalhos do meu pai pode dar valor às dificuldades que enfrentou sem esmorecer, desejando o bem comum. Papai não era ganancioso e egoísta, o que desejava ardentemente, como bom patriota, era que nossas cataratas, tão privilegiadas pela natureza fossem conhecidas pelo mundo e visitadas pelo lado brasileiro...” Já, para seu pai, Dona Elfrida não reclama nada: “Não peço nada para o meu pai, a não ser o respeito na história do turismo de Foz do Iguaçu.”. No entanto, para o Sr. Frederico Engel – se já não bastasse o fato da sua luta pioneira, outra belíssima história estava para ser contada. É então mister que voltemos a Santos Dumont e a sua visita às Cataratas do lado brasileiro...
Quando Frederico Engel soube que Santos Dumont estava hospedado no lado argentino e que a sua visita seria encerrada por lá, procurou de imediato o prefeito de Foz do Iguaçu, na época, o Sr. Jorge Schimmelpfeng para convencê-lo o ilustre brasileiro para visitar “o outro lado das cataratas”.
Foi então organizada uma Comissão, da qual fazia parte o Sr. Frederico. Com muito custo foi possível chegar até ao genial patrício que não só a recebeu jubilosamente como aceitou prontamente o convite feito pelo prefeito. No mesmo instante cancelou o resto da sua programação dispensando as honrarias do governo argentino e partiu com a Comissão com destino ao Brasil.
No dia 24 de abril de 1916, para gáudio do Sr. Frederico Engel, o hóspede do quarto número dois do improvisado Hotel Brasil das Cataratas, fez o seu registro no livro de hóspedes, com as seguintes anotações:
“Nombre: Santos=Dumont – Nacionalidad: brazileiro – Procedência: Buenos Aires – Destino: Rio de Janeiro – Llegada: 24-04-1916”.
A municipalidade ainda tomada de surpresa pela repentina decisão de Santos Dumont explode de euforia, improvisando de imediato uma churrascada para homenagear o herói. Durante o encontro o aeronauta ouve mais comentários positivos sobre as maravilhas das Cataratas do lado brasileiro. Já empolgado pela beleza que havia apreciado do lado argentino, não se conteve decidindo conhecê-la logo após o almoço. E assim, acompanhado pelo Sr. Frederico e seu filho, partiram, a cavalo pela difícil trilha. Santos Dumont hospeda-se durante dois dias no pequeno hotel de madeira, à beira das Cataratas. Extasia-se com as majestosas quedas e quer admirá-las de todos os ângulos possíveis. Durante a visita comete uma imprudência que quase lhe custa a vida, segundo comentários do Sr. Frederico. O notável visitante, no afã de “descobrir” as fabulosas quedas, usa como passagem, em cima do Salto Floriano, uma árvore que ali havia encalhado. Foi até a extremidade da tora e ali ficou imóvel por muito tempo apreciando a paisagem, debruçado sobre o abismo. Ao retornar, o Sr. Frederico e filho manifestaram a preocupação pelo inusitado ato, mas Santos Dumont bate-lhe às costas dizendo que as alturas não o perturbavam.
À noite do segundo dia, enquanto tomavam um saboroso café acompanhado de broa caseira e pinhões assados, cozidos e sapecados, o hóspede desejou saber mais sobre as fabulosas caídas de água, bem mais bonitas das que tinha visto do lado argentino. De fato, estava super empolgado pela visita e não deixava de manifestar o seu orgulho em serem brasileiras. Foi quando então, quase deixou a pesada xícara de café cair de suas mãos quando o Sr. Frederico disse: “Não, elas não são brasileiras”... São de propriedade do uruguaio Sr. Jesus Vall. Estupefato, levantou-se num grande impulso e com profunda indignação exclamou:
- Não! Isso não pode ser real... Não concordo de modo nenhum. As Cataratas são brasileiras. Isso é um insulto! Será que as nossas autoridades estão cegas diante dessa grandiosidade? Vou lutar contra essa cegueira. Vou até Curitiba falar com o Presidente do Paraná. Vou levar o meu protesto e descontentamento por essa entrega inconseqüente. Aqui já deveria existir um Parque Nacional... Sua revolta ecoou na escuridão por entre o casebre de madeira e se espalharam pela mata. Voltando-se para seus anfitriões, quase em forma de súplica, pediu:
- Por favor, amanhã mesmo, bem cedo, quero seguir para Curitiba.
O Sr. Frederico procurou argumentar com Santos Dumont que praticamente não existiam caminhos entre Foz do Iguaçu e Guarapuava. O único meio para chegar até lá seria seguir em caravana, por picadas, a cavalo, seguido de morosos muares para levar alimentos e água. De Foz do Iguaçu até a cidade paranaense de Guarapuava foram seis dias de penosa viagem. Só mesmo um espírito intrépido, idealístico e desbravador, qualidades intrínsecas de Santos Dumont poderiam levar alguém a cometer tal desvario. Abrindo picadas e enfrentando centenas de quilômetros por caminhos inacessíveis e dormindo em florestas e descampados, a mercê de infortúnios e desconfortos, o indômito aeronauta dissimulava, agora, um épico bandeirante. Sua indignação pela injustificada apropriação da soberba riqueza das Cataratas, tinha que ser ouvida... Para seu espírito, um elevado propósito não tinha obstáculos. Demonstrava mais uma vez a sua fibra, tenacidade e coragem em vencer obstáculos para realizar-se no propósito que tomara para si e que, na realidade, era de todo o Brasil.



Frederico e Carolina Engel – pais de Dona Elfrida – pioneiros da hotelaria em Foz do Iguaçu e responsáveis pelo convite que mudaria a história do turismo nacional.


A IMPRENSA DESTACA A VIAGEM DE SANTOS DUMONT A CURITIBA

Vale registrar o comentário jornalístico do jornal “A República” de Curitiba, ao reportar na edição do dia 27 de abril de 1916, a propalada visita de Santos Dumont às Cataratas: “Santos Dumont voltou ontem dos Saltos do Iguaçu, mostrando-se encantado com a beleza das quedas e qualificando-as de Niágara Latino.”
O grande brasileiro disse que o nosso Niágara possui a “alma polymorpha, polycrona e polysona, cheia de recônditos mysterios, só apreciáveis de difficeis pontos de observação...Dumont escalou-as intrepidamente, e de volta a esta vila expôs um plano que vai apresentar tornando-as facilmente acessíveis “...o galhardo cavalleiro, o eminente aviador viajou bravamente.” O mesmo jornal, no dia seguinte, estampa em grande destaque, a manchete: SANTOS DUMONT VIRÁ À CURITIBA, com o seguinte comentário:
“Telegramas transmitidos da Foz do Iguaçu...informa-nos que o arrojado aeronauta, depois de visitar os Saltos do Iguaçu, cujas belezas sugestionaram seu espírito, seguiu rumo à Guarapuava, atravessando os nossos sertões para conhecer as nossas exuberantes florestas, estudar os nossos costumes, ter finalmente uma idéia segura do Paraná moderno...A vinda do arrojado aeronauta ao nosso Estado a todos nós deve interessar. “Conhecer Santos Dumont, vê-lo de perto é sentir emocionada a fibra sensível do nosso patriotismo...”.
Não se tem registro dos seis dias que Santos Dumont enfrentou até chegar à cidade de Guarapuava. Sabe-se que seguiu boa parte da jornada seguindo os fios da linha telegráfica.
Finalmente o desbravador dos ares e da terra é recebido às dezenove horas a “dez léguas” da cidade por um expressivo grupo de guarapuavanos tendo à frente o prefeito Luiz Scheleder. Em uma improvisada instalação de madeira é instalado para descansar.
No dia seguinte ele desloca-se, agora de automóvel, e ao chegar a Guarapuava é recebido entusiasticamente por quase toda a população da cidade. Com poucas horas de descanso depois de exaustiva viagem, cumpre ainda um extenso programa que a municipalidade havia programado. As homenagens culminam com uma grande festa noturna. Pacientemente recebe uma torrente de discursos e abraços... Demonstrando grande vigor físico, Santos Dumont passa apenas uma noite em Guarapuava. Tem um firme propósito e quer cumpri-lo o quanto antes. Continua de carro até Ponta Grossa. Recebe uma outra enxurrada de homenagens e parte, no primeiro trem, com destino à Curitiba. Depois de nove dias, desde sua saída de Foz do Iguaçu, finalmente chega a Curitiba.
O discurso para ser apresentado ao Presidente do Estado está na garganta do aeronauta. A sua convicção é insofismável: as Cataratas terão de ser brasileiras! No dia 5 de maio de 1916, às 20h50min o trem que conduzia Santos Dumont dá o primeiro apito de chegada encoberto de vivas pela multidão que se compactava na estação ferroviária. A multidão do lado de fora tenta invadir a estação sendo contida por um forte policiamento de guardas-civis e da Polícia Militar. Segundo a imprensa, a opinião é unânime: quase toda Curitiba estava presente.
As autoridades e personalidades mais representativas da cidade, comprimidas na plataforma da estação, aguardam a descida do ilustre visitante. Quando isso acontece, explode uma profusão de vivas. A primeira pessoa a cumprimentá-lo e entregar-lhe um “rico ramalhete de fores naturais” foi a Sra. Mariana Coelho, Diretora do Colégio que ostentava o nome do homenageado e que tinha sido a primeira instituição, em todo o Brasil, a receber essa deferência. Foi extremamente difícil para o “herói dos ares” descer os degraus da escadaria e chegar até ao “automóvel presidencial” que o esperava. Outra avalanche de homenagens havia sido preparada para Santos Dumont.
Embora contrariado em seu propósito de entrevistar-se com o Presidente do Estado o mais depressa possível, o cerimonial ainda o levou, no dia seguinte por um passeio por via férrea até Paranaguá e no retorno, de automóvel, passagens rápidas pelas cidades de Antonina e Morretes. Exausto teria ainda de enfrentar naquela noite uma recepção com a sociedade curitibana.


Santos Dumont defronte ao tradicional Grande Hotel Moderno.
Os curitibanos queriam vê-lo de perto.

Uma outra exaustiva programação foi cumprida. O “Pai da Aviação” aguardou impaciente a hora de dialogar com o Presidente do Estado. Não queria ser indelicado com o povo que lhe dera tantas demonstrações de carinho.



DIA 8 DE MAIO DE 1916 UMA DATA INESQUECÍVEL PARA O TURISMO BRASILEIRO.
No dia 8 de maio de 1916 Santos Dumont é recebido oficialmente pelo Presidente do Estado Afonso Camargo. Na entrevista manifestou o seu entusiasmo pelas quedas brasileiras de Foz do Iguaçu e, ao mesmo tempo, a sua indignação por tão preciosa riqueza ser de propriedade particular e, surpreendentemente, de um estrangeiro. Reafirmou o propósito da sua viagem ao ver o descaso das autoridades brasileiras pelo estupendo potencial turístico que representavam as Cataratas. Chegou a sugerir que ali fosse construído um Parque Nacional. O Presidente do Estado e os demais presentes ouviram calados e um profundo silêncio se fez. Logo em seguida o Presidente faz uma promessa solene em atender os precisos argumentos do insigne visitante. Santos Dumont deixou o Palácio na certeza de que a busca do seu ideal tinha valido a pena. Ainda assim sobra-lhe energia para enfrentar outra noitada de enfadonhas homenagens. Às 21 horas o “Smart Theatro” ofereceu-lhe uma sessão especial na qual foram projetados documentários paranaenses. No dia seguinte, nove de maio, pela manhã, Santos Dumont embarca na estação ferroviária tendo sido acompanhado carinhosamente pelos curitibanos que conservava o mesmo entusiasmo de chegada a um dos mais importantes brasileiros.
Quase três meses depois de haver tomado a decisão de enfrentar os sertões paranaenses para chegar até ao Presidente do Estado, eis que o Presidente Affonso Alves Camargo cumpre sua promessa: “Decreto nº. 653 – de 28 de julho de 1916 – O Presidente do Estado do Paraná...tendo em consideração a necessidade de reservar-se desde já, uma área de terras junto às Cataratas do Iguaçu, denominadas Santa Maria, na fronteira com a República Argentina, para o estabelecimento de uma povoação e um parque: DECRETA – Fica declarado de utilidade publica para o fim de nele se estabelecerem uma povoação e um parque...baixou com o decreto...o lote de terras concedido a Jesus Vall pelo Ministério da Guerra, na ex-Colônia Militar de Foz do Iguaçu, com a área de mil e oito hectares, à margem direita do Rio Iguaçu, junto aos saltos de Santa Maria. – Assinado: Affonso Alves Camargo e Caetano Munhoz da Rocha.
Com o decreto governamental o uruguaio Jesus Vall deixa de ser “proprietário” das Cataratas e dos duzentos e cinco hectares de terra onde hoje se situa o Parque Nacional. O governo ofereceu ao uruguaio a quantia de dez mil pesos argentinos. Inconformado, dirige várias cartas ao Sr. Frederico Engel lamentando-se que:
“Após 18 anos de sacrifícios... o terreno, a casa e outras coisas não têm valor?”.
Um outro documento importante ligado ao fato é redigido no Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1931 pelos senhores Trajano Corrêa e Waldemar Bitencourt endereçado a Santos Dumont. Trata-se de carta datilografada em três laudas da qual extraímos alguns trechos:
“Tendo ciência de que V.Exa. há muitos anos, passando pelo Alto Paraná Brasileiro, em visita às Cataratas de Santa Maria, deslumbrado pela magnificência do cenário que contemplou, demonstrou o desejo de fundar uma Companhia para estabelecer ali um Centro de Turismo nacional e internacional...não é possível que aquela faixa de terra nacional...continue no desprezo criminoso...Ali, em terra nossa, a população é composta de 95% de estrangeiros e a língua usada não é nacional e a própria moeda é estrangeira!...V.Exa. com sua visita às Cataratas de Santa Maria prestou um grande serviço ao Brasil. Foi devido à visita de V.Exa. que o Estado do Paraná adquiriu, por compra, o terreno que fica junto às Cataratas Santa Maria...Fundamos em Foz do Iguaçu uma sociedade civil denominada Centro Turístico das Três Fronteiras...que se propõe a construir uma cidade-jardim e um lindo cassino-hotel junto às Cataratas, estabelecendo navegação brasileira no Rio Paraná...O glorioso nome de V.Exa. – maior de todos nós – por si só representará a vitória da Companhia Nacional de Turismo, na concretização dessa obra de forte brasilidade...Deus guarde V.Exa., melhor orgulho do Brasil...” Infelizmente Santos Dumont não pode participar do projeto alegando estar muito doente...


Santos Dumont é homenageado em Curitiba com uma partida de futebol amistosa.
O local é o campo do Atlético Paranaense, então Internacional Foot-ball Club.

Santos Dumont merece, com toda justiça, que seja também glorificado, com o título de PAI DO TURISMO BRASILEIRO e o dia 8 DE MAIO como a DATA NACIONAL DO TURISMO BRASILEIRO.
Graças a feliz iniciativa de Dona Elfrida Rios e contando com o apoio de entidades, entre as quais o programa de televisão Entre Nuvens e Estrelas, foi colocada uma estátua de Santos Dumont, em tamanho natural, próximo às Cataratas. A iniciativa contou com o apoio de entidades, entre as quais o programa de televisão Entre Nuvens e Estrela que foi apresentado por mais de vinte anos “dedicado à criação, manutenção e elevação de uma sadia mentalidade aeronáutica.”


Na Praça Santos Dumont, que fica a 100 metros das quedas principais das Cataratas do Iguaçu, encontra-se uma estátua, em tamanho natural, homenageando o criador do turismo brasileiro.
Foto: Sidnei Capeletto



No lado esquerdo Ayrton Borges e no direito Átila José Borges - produtores e apresentadores do programa de televisão Entre Nuvens e Estrelas que permaneceu na TV Paranaense Canal 12 de Curitiba por mais de 20 anos.
No centro, o chofer que conduziu Santos Dumont de Ponta Grossa para Curitiba em 1916.

Entre outros significativos projetos, Entre Nuvens e Estrelas foi responsável também pela construção da réplica fiel da aeronave Demoiselle de Santos Dumont e que foi doada ao Museu Aeroespacial; ajudou também a construir o Hospital Brigadeiro Eppinghaus; criou o Museu Entre Nuvens e Estrelas; foi um dos promotores do Concurso Internacional de Documentos Históricos do Centenário de Nascimento de Santos Dumont; construiu e expôs réplica perfeita do Balão Brasil; obteve 11 (onze inscrições) nos Anais da Câmara Federal em Brasília, Assembléia Legislativa do Estado do Paraná e Câmara Municipal de Curitiba; obteve homenagens das forças aéreas do Brasil, dos Estados Unidos, Paraguai, Equador, Itália, Turquia e Vietnã do Sul; criou o Museu Entre Nuvens e Estrelas que recentemente foi doado à Universidade Tuiuti de Curitiba e que o abriga em prédio próprio.

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