domingo, 1 de fevereiro de 2009

O Copacabana Palace

Foi construído entre 1917 e 1923 e inaugurado em 13 de agosto de 1923 como resultado de um desejo comum do Presidente da República Epitácio Pessoa e do hoteleiro Octávio Guinle em construir no Rio de Janeiro um hotel digno para receber autoridades e personalidades estrangeiras com grande pompa as celebridades internacionais que viriam ao país para a comemoração do Centenário da Independência, em 1922, além de consagrar-se pela sofisticação dos serviços e o esplendor da localização em frente à Praia de Copacabana, até então ainda semi-deserta e desconhecida. Seriam concedidos benefícios fiscais, bem como a licença para nele funcionar um cassino, este último uma exigência dos Guinle. A proposta foi aceita e essa é a origem do Hotel Copacabana Palace. Octávio Guinle adquiriu então um alqueire de terras na Praia de Copacabana, que naquela época ainda era ocupada apenas por algumas poucas casas. O terreno dava frente para a Avenida Atlântica, alargada em 1919 por pelo Prefeito Paulo de Frontin. O Hotel não ficou pronto para a Exposição de 22. Diferentes fatores contribuíram para o atraso das obras, como: as ressacas e a dificuldade de construção de um edifício daquele porte em solo arenoso.

Projetado pelo arquiteto francês Joseph Gire, a construção do Copacabana Palace foi feita pelo engenheiro brasileiro César Mello e Cunha. Com a planta perfeitamente acadêmica e simétrica, o que resolvia de modo prático os principais problemas funcionais do complexo, por ser um hotel de alto luxo e de um cassino, que depois da proibição do jogo na Brasil, serve como espaço cultural, que se inspirou no Hotel Negresco de Nice e no Hotel Carlton de Cannes com estrutura sóbria e imponente, empregou, em larga escala, o cimento da Alemanha, o mármore de Carrara, na Itália, os vidros e os lustres da Checoslováquia e os móveis da França e cristais da Boémia. A decoração era em estilo Luís XVI, mas tratava-se apenas de revestimento aplicado sobre estrutura oculta. À época da inauguração foi o primeiro grande hotel na praia de Copacabana, estando cercado apenas de pequenas casas e mansões. Desde a sua inauguração, o hotel teve apenas dois proprietários, a família Guinle do Rio de Janeiro, e o grupo Orient-Express Hotels, que o adquiriu em 1989.

Na noite de estréia, deveria ocorrer um show com a artista francesa Mistinguett, mas seu contrato com o Teatro Lírico a proibiu.


O Presidente Arthur Bernardes, sucessor de Epitácio Pessoa, tentou em 1924 cassar a licença de funcionamento do cassino, alegando que a construção do Copacabana Palace já teria ultrapassado o prazo dado pelo Governo. Depois de prolongada batalha nos tribunais, a família Guinle ganhou a causa em 1934.


Nos primeiros dez anos de vida, o Copacabana Palace presenciou eventos históricos e dramáticos.

Ainda na fase da sua construção, o Copacabana Palace sofreu os efeitos da terrível ressaca de 1922, que lhe destruiu toda a Avenida Atlântica e danificou seus andares inferiores.

Em 1925 hospedou a primeira personalidade mundial: o cientista Albert Einstein.

Num dos luxuosos salões do Copacabana Palace, em 1928, foi atingido por um tiro o Presidente Washington Luís dado por sua amante francesa durante uma briga. O Presidente Washington Luís foi socorrido pelo médico Francisco de Castro e o episódio abafado. Ainda em 1928, hospedou-se no Copa, em profunda crise de depressão, o inventor Alberto Santos Dumont, em 3 de dezembro de 1928, Santos Dumont voltava ao Brasil à bordo do navio Cap Arcona e vários intelectuais e amigos do inventor planejaram prestar-lhe uma homenagem. Pretendiam lançar uma mensagem de boas vindas em um paraquedas e estavam todos à bordo de um hidroavião batizado com o nome do Pai da Aviação. Depois de uma manobra desastrada, o avião que jogaria pétalas de flores em seu barco bateu na água, na Baía de Guanabara e explodiu, matando seus doze ocupantes, entre eles vários amigos de Santos Dumont, tais como Tobias Moscoso, Amauri de Medeiros, Ferdinando Laboriau, Frederico de Oliveira Coutinho, Amoroso Costa e Paulo de Castro Maia. Santos Dumont fez questão de acompanhar por vários dias as buscas pelos corpos, após o que recolheu-se, primeiro a seu quarto no Hotel Copacabana Palace, depois a sua casa em Petrópolis, onde entrou em profunda depressão. Após algum tempo, voltou a Paris, internando-se em um sanatório nos Pirineus.


No tempo em que as misses ainda não mostravam as pernas, o Copa serviu em 1930 de palco para o primeiro concurso de Miss Universo no qual as candidatas desfilavam em carro aberto pela cidade e utilizavam a varanda do hotel como passarela, sob os aplausos de uma multidão aglomerada na avenida Atlântica. Yolanda Pereira (Pelotas, 16 de outubro de 1910 - Rio de Janeiro, 4 de setembro de 2001) foi a primeira brasileira a conquistar o título de Miss Universo, em 1930.

“ É a brasileira, em sua mais lata e justa personificação. É uma rima de canção cabocla encarnada num corpo de mulher. Seu moreninho mate é a cor que deve ter toda a patrícia para ser bem brasileira. O Brasil vive-lhe nos olhos irrequietos e fascinadores. Canta-lhe no riso franco e menineiro. Mora no negrume encaracollado de seus trevósos cabellos. Toda ella é Brasil. O desprendimento, a grandeza d’animo, a galanteria brasilica, tudo vive nella, elevando-a a Symbolo da Raça. Salve Yolanda! Salve, “Miss Brasil”! Cem vezes, salve, “Miss Universo”!



* Texto original, extraído do Álbum do Concurso Internacional de Beleza.

A primeira etapa, o título de Miss Pelotas, foi conquistado através do sufrágio popular, tendo ela sido a candidata mais votada, com 4.202 votos. Em Porto Alegre, concorrendo com as demais candidatas, sagrou-se Miss Rio Grande do Sul, em concurso patrocinado pelo extinto jornal Diário de Notícias. Na então capital federal, o Rio de Janeiro, embora não alimentasse esperanças de vitória, ela foi escolhida como a Miss Brasil. O concurso de Miss Universo, chamado na época de "Concurso Internacional de Beleza", também foi realizado no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. O país tinha seus jurados em desvantagem, e o resultado final estava na dependência dos jurados europeus, sendo que a favorita era a Miss Portugal. Mas, para alegria dos brasileiros, a escolhida foi Yolanda. Em agosto de 1930 (algumas fontes indicam o dia 7 de setembro) Yolanda foi proclamada Miss Universo. O parecer da comissão julgadora levou em conta quesitos como beleza, graça, equilíbrio, proporção, formas e distinção. Os jurados também estiveram atentos ao tipo étnico e à visão do conjunto. Yolanda recebeu a faixa das mãos de Felipe Cardoso, vice-presidente do Conselho Ministerial. O promotor do concurso era o vespertino carioca A Noite, a quem Yolanda concedeu a primeira entrevista, falando de sua surpresa pelo resultado. Disse que não esperava, que não alimentava tal ambição e que apenas se preocupava com o desejo de desempenhar da melhor maneira possível o papel de Miss Brasil.

Um cronista da época chegou a escrever: "Não foi, apenas, a vossa beleza que venceu e que vos faz universal como Einstein e tão cheia de glórias como Lindenberg. O que venceu convosco, Miss Universo, foi a graça radiosa da mulher brasileira."

Copacabana Palace


O Príncipe Edward de Gales, futuro Rei Edward VIII da Inglaterra, e seu irmão George, igualmente futuro rei britânico, se hospedaram no Copa em 1931. Edward criou um rumoroso episódio constrangedor para a Família Real Britânica ao se apaixonar por uma jovem brasileira, Negra Bernardez, desquitada e mãe de dois filhos, a qual ele queria levar de todo o jeito para a Inglaterra e com ela se casar. Em seus arroubos, chegou a intentar um vôo num avião experimental trazido desmontado em seu navio para impressionar sua amada, jogando-lhe flores do alto sobre sua casa, no que foi dissuadido por seus assessores. Não se refez do episódio, tomando "homérico" porre e jogando-se todo fardado na piscina do Country Club de Ipanema. Anos depois, Edward, já Rei da Inglaterra, renunciaria ao trono para casar com a desquitada americana Lady Simpson, com quem viveu o amor de sua vida. Quanto à Negra Bernardez, a mulher que recusou ser rainha da Inglaterra, era mãe do famoso colunista social Manuel Bernardez Müller (Maneco Müller).

Em 1933 o Copacabana Palace seria conhecido internacionalmente por um filme realizado em Hollywood, "Flying down to Rio", com Dolores Del Rio, Fred Astaire e Ginger Rogers, ambientado no hotel, mas todo realizado em estúdios nos Estados Unidos, com cenários pintados do Rio de Janeiro e a praia de Malibu "dublando" Copacabana. O filme foi um sucesso e considerado um marco do cinema, já que nesta película dançou junto pela primeira vez o célebre casal Fred Astaire e Ginger Rogers, tornou o hotel famoso mundialmente da noite para o dia.



Em 1934, foi construída a piscina do hotel, em projeto de César Mello e Cunha, depois ampliada em 1949.

Em 1938 inaugurou-se o "Golden Room", com show de Maurice Chevalier.

A Segunda Guerra Mundial tornou o Copacabana Palace o único hotel de turismo de porte capaz de hospedar a elite internacional sem sofrer do perigo de um bombardeio. Foram os anos áureos do hotel. A política de boa vizinhança para com os Estados Unidos, estabelecida em 1942, fez com que grandes personalidades daquele país nos visitassem e se hospedassem no Copa. Praticamente todos os grandes atores de Hollywood se hospedaram nele: Clark Gable, Edward G. Robinson, Fred Astaire, Dolores Del Rio (finalmente no Copa!), Katerine Hepburn, Lana Turner, Marlene Dietrich (que realizou show memorável em 1959), Orson Welles (que "morou" seis meses no hotel em 1942, e que num acesso de fúria por ter sido preterido pela atriz mexicana Dolores del Rio, jogou os móveis de seu quarto na piscina...), Walt Disney (que nele esboçou o personagem "Zé Carioca"), Josephine Baker (que manteve encontro furtivo com Le Corbusier), e muitos outros.

Após a guerra, com a proibição do jogo e com o fechamento dos cassinos (a última partida de roleta no Brasil foi realizada no cassino do hotel Copacabana Palace, em 30 de abril de 1946), o Copacabana Palace passou por um grande reforma, que aumentou a capacidade, acrescentando dois andares ao prédio principal, mais a pérgula lateral, que se tornou ponto de encontro da sociedade brasileira e estrangeira, e ergueu-se o Anexo nos fundos, inaugurado em 1949. No antigo cassino foi instalado o Teatro Copacabana, responsável pelo lançamento de muitos talentos da dramaturgia nacional. O responsável pela reforma do Copa foi o arquiteto Wladimir Alves de Sousa, que soube preservar a ambiência antiga do hotel.

O Anexo tornou-se logo lugar não só para residência de hóspedes ilustres, como também para encontros furtivos importantes, pois existia uma elaborada passagem subterrânea, por detrás do salão de cabeleireiro, que conduzia quem não quisesse ser visto daquele lugar até o anexo. Devem ter sido encontros extremamente apaixonados, pois pelo menos dois amantes morreram do coração, um deles importante senador da República por São Paulo e outro um respeitável banqueiro carioca...

Quem quase morreu no Copa, mas de coração partido, foi Carmem Miranda, arrasada pelo fracasso de seu casamento. Carmem trancou-se em seu quarto em dezembro de 1954 e pensou seriamente em se matar, desistindo após olhar a bela paisagem da orla de Copacabana da janela de sua suíte. Carmem, aliás, seria muito mais lembrada pela alegria que exarava em seus shows no Golden Room que por este episódio, que com o tempo lhe levaria à morte em agosto de 1955.

Os anos cinqüenta foram o canto-do-cisne da fase áurea do Copacabana Palace, que entra em lenta decadência após a transferência da capital para Brasília em 1960.

Continuou como um importante hotel da cidade, servindo de pouso a visitantes ilustres do Rio de Janeiro (como os astronautas da Apolo 11), palco da vida social da cidade, onde famosos cronistas sociais iam buscar matérias para suas colunas, mas sem superar o brilho e a energia dos áureos tempos e pela disputa dos novos hotéis da obra de transformação e alargamento da orla de Copacabana recém-inaugurada, na década de setenta.
Em 1985, quando intentaram sua demolição, foi tombado pelas três esferas: IPHAN (Federal), INEPAC (Estadual) e DGPC (Municipal). Em fins da década de oitenta a família Guinle, na figura de seu herdeiro e presidente José Eduardo Guinle, vendeu-o em 1989 ao grupo "Orient Express", que o reabilitou, modernizando velhas instalações sem descaracterizá-las. Atualmente o Hotel Copacabana Palace é um dos mais importantes estabelecimentos hoteleiros da cidade, com modernas 236 acomodações palacianas e dos mais queridos bens culturais do Rio de Janeiro, local de confluência de vários episódios importantes do século XX, sendo preciosa lembrança de uma época de fastígio e esplendor, único bem deste gênero sobrevivente na cidade.

O Copacabana Palace ocupa uma área de mais de 12 mil metros quadrados em no ponto mais nobre da Praia de Copacabana, um piano bar, com dois restaurantes: o Pérgula, situado ao lado da piscina, onde os hóspedes podem tomar café da manhã, almoçar e jantar, e o Cipriani, já cotado entre os melhores da cidade, que oferece o melhor da culinária do norte da Itália. O restaurante, que também tem um bar, está localizado no andar térreo do Prédio Anexo, de onde se pode ver a piscina do hotel. São 225 apartamentos e suítes, sendo 147 no prédio principal e as 78 suítes no anexo, todos de luxo e equipados com vidros à prova de som, ar-condicionado, banheiro com ducha, TV com controle remoto, telefones com duas linhas e discagem direta internacional, conexão para fax ou computador, mini-bar e cofre individual. De acordo com o desejo do hóspede, a cama pode ser King-size, casal ou solteiro. No Anexo, as suítes, de 70 metros quadrados, são equipadas com colchões Sealy, enxoval com acabamento de alto padrão Trussardi 300 fios, têm banheiros com cerâmica italiana, varandas privativas, roupões de banho e pantufas.

Os mais exigentes podem dispor ainda de uma das sete suítes do sexto andar, que tem uma piscina exclusiva, totalmente negra, cercada por treliças brancas, com vista privilegiada para a praia de Copacabana. Completam o luxo desse andar privativo, tecidos franceses, obras de arte e tapetes orientais (foi nessas suítes que ficaram entre outros Lenny Kravitz e os Rolling Stones.

E mais sofisticação se faz presente na infinidade de detalhes entre os quais destacamos que o Copacabana Palace possui aroma único (o "cheiro de Copacabana Palace") desenvolvido exclusivamente para suas instalações; caixas de bombons personalizadas com os nomes dos hóspedes (que, aliás, são chamados pelos nomes por todos os funcionários); marca de água mineral própria; e dispõe serviços de cabeleireiro, massagistas, fitness center, florista, butique, uma piscina semi-olímpica aberta 24 horas (com água climatizada), quadra de tênis e solarium, além de uma base avançada nas areias da praia de Copacabana.

Alguns hóspedes ilustres que assinaram no Livro de Ouro do hotel são: Santos Dumont, Noel Coward, Igor Stravinsky, Stefan Zweig, Henry Fonda, Errol Flynn, Walt Disney, Bing Crosby, Orson Welles, John Wayne, Ava Gardner, Leonard Bernstein, Einsenhower, Vincent Minelli, Gene Kelly, Roman Polanski, Alain Delon, Príncipe Charles, Henry Kissinger, Franco Zefirelli, Jacques Costeau, Richard Gere, Mick Jagger, Jerry Hall, Sting, Ben Kingsley, George Michael, Lady Diana, Winnie e Nelson Mandela, Roger Moore, Michael Schumacher, Francis Ford Coppola, Robert de Niro, Calvin Klein, Susan Sontag, Peter Greenway, Stephen Frears, Brian de Palma, Mickey Rourke, Michelangelo Antonioni, Liza Minelli, Jean Claude van Damme, Patrick Swayze, Givenchy, Oscar de la Renta, Anne Rice, Mathew Modine, Bill e Hillary Clinton, Pierce Brosnan, Claudia Schiffer, Catherine Zeta-Jones, Jean Paul Gaultier, Anthony Quin, José Saramago, Ricky Martin, Anthony Hopkins, Gisele Bundchen, Philip Starck, Valentino, Lenny Kravitz, Tom Wolfe e Carmem

Primeiro hotel histórico de luxo do Brasil

Do Grupo Pestana, inaugura Spa L’Occitane com tratamentos inéditos para o público masculino e núpcias
Convento do Carmo lança novo Spa L’Occitane
Salvador, 25 de Março de 2008
O Convento do Carmo Hotel acaba de firmar uma parceria com a L’Occitane e lança no mercado mais uma novidade - o SPA L’Occitane. Com a assinatura da renomada grife francesa, o hotel agrega ainda mais exclusividade não só aos serviços oferecidos a hóspedes, mas também a sociedade local.

“A escolha pelo Spa L’Occitane deu-se à qualidade, tradição e luxuosidade da marca, que vai ao encontro do que o Convento do Carmo oferece e busca para esta parceria. Buscamos incessantemente superar a expectativa de nossos hóspedes, proporcionando-lhes experiências únicas” diz Roberto Rotter, Director Geral de Operações do Grupo Pestana na América do Sul.

A parceria marca também a chegada da L’Occitane a Salvador, que desenvolveu uma linha de terapias tropicalizadas para o Convento do Carmo. O espaço do SPA foi decorado ao estilo provençal da marca e integrado em harmonia com o ambiente histórico e de charme do hotel. O Spa atenderá a todos os hóspedes com produtos exclusivos da grife e a diversidade de aromas inclui lavanda, verbena, oliva, karitè e amêndoa que dão o toque sofisticado ao ambiente.

Os hóspedes terão ao seu dispor quatro salas de massagem, onde haverá um menu com opções exclusivas de tratamentos como máscaras faciais e corporais, rituais de banhos, massagens relaxantes, anti-stress, além dos rituais de banho – uma especialidade da L’Occitane.

O SPA do Convento do Carmo terá duas linhas de tratamentos inéditas – a masculina e a dedicada às noivas. O ritual de noivas e madrinhas permite que ambas passem um dia inesquecível de relaxamento com massagens exclusivas, como a massagem “pé-de-moleque” e o “ritual pelô”. Consiste eimmmmm

Outra novidade serão os tratamentos para homens. Segundo Silvia Gambín, Presidente da L’Occitane no Brasil, a idéia foi aproveitar o público masculino que freqüenta o hotel e apresentar tratamentos que atendam diretamente suas necessidades.

Além disso, o Spa lança também o “ritual para casais”, que possibilita que os casais possam fazer massagens e tratamentos juntos.

O Convento do Carmo comercializará em conjunto o SPA com a hospedagem, em pacotes customizados, sendo que qualquer hóspede poderá também escolher uma relaxante terapia no conceito à la carte durante sua estada.

Sobre o Convento do Carmo

A recuperação e adaptação do Convento do Carmo, no Pelourinho, em Salvador (BA), para um hotel histórico de luxo, marcou, em Outubro de 2005, a chegada de um novo conceito de hotelaria ao Brasil. É a união de requinte, charme e exclusividade com a história de patrimônios da humanidade. A rede Pousadas de Portugal possui hoje 42 hotéis de luxo, localizados em castelos, fortalezas, mosteiros e conventos, que são tradicionais e ícones da indústria da hospitalidade em Portugal.

O processo de restauração em Salvador foi supervisionado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico também passa por recuperação o e Artístico Nacional). O acervo, de mais de 1500 peças pertencentes ao Museu do Carmo, também passa por recuperação e permanecerá aberto ao público.

O projecto da primeira unidade da rede Pousadas de Portugal inclui algumas novidades da hotelaria, como a instalação de uma recepção mais personalizada e confortável, na qual os hóspedes farão seus check ins e check outs sentados, podendo apreciar um espumante. No segundo claustro está a área de lazer com piscina, sauna, jacuzzi, fitness center, sala de leitura e home theater. Para realização de reuniões de negócios, o hotel dispõe de auditório, duas salas de reuniões e um Business Center. Os claustros seculares são palco para eventos sociais e casamentos.

Além do diferencial de ser construído em um edifício de patrimônio histórico, artístico e cultural do país, o Convento do Carmo oferece muito mais que conforto. Os serviços diferenciados incluem um menu de travesseiros, com opções de penas de ganso, látex e ervas. Os quartos são equipados com televisores LCD e o enxoval é composto por lençóis de algodão egípcio, considerados os mais macios do mundo. O bar da piscina oferece ainda, em horários pré-determinados e gratuitamente, água de coco e frutas da estação.

A única Pousada de Portugal presente no Brasil tem uma área total de 13.000 m2. Os apartamentos têm metragem média de 33 m2. As opções de quartos são 60 apartamentos Luxo, nove Suítes Júnior, que contém hidromassagem e nove Suítes Lofts, com dois andares, sendo a sala e lavabo no primeiro andar e o quarto no segundo, além da única Suíte Master, na qual os hóspedes contam com os serviços de um mordomo exclusivo.

Palco de Histórias

Há muito tempo, no alto do Monte Carmelo na Palestina, o profeta Elias avistou a virgem celeste que o outorgou uma missão: a de proliferar a fé cristã por todos os cantos do globo. A partir daí, têm início a expansão da Ordem Carmelita como entidade religiosa multiplicadora da fé cristã.

Diversos conventos, dioceses e paróquias foram edificados por esta ordem ao redor de todo o mundo. Em 1586, começa a ser erguido, pela Ordem Primeira dos Carmelitas, o Convento do Carmo de São Salvador da Bahia, nas terras de além-mar brasileiras. Ao longo dos séculos, este espaço foi palco de grandes acontecimentos da história do país. Em 1625, os holandeses assinaram aqui sua rendição, após invadir a Bahia. Em 1660, a sacristia foi concluída com todo o seu esplendor, sendo atualmente considerada uma das mais ricas da América Latina. Já em 1709, iniciou-se a construção da Igreja da Ordem Primeira do Carmo com a fachada virada para o mar numa benção à Baía de Todos os Santos. O puro expressionismo do verdadeiro barroco brasileiro, assim como a serenidade da arte sacra, estão presentes nesta experiência de volta no tempo. O Convento do Carmo Hotel recria no presente o ambiente de um Brasil colonial, em seus primórdios.

A construção do Convento do Carmo em Salvador, iniciada em 1586 e finalizada depois de 1730, foi palco de muitas histórias, como a rendição dos holandeses aos portugueses, em 1625, e também serviu como quartel para as tropas portuguesas. O conjunto do Carmo – um dos mais valiosos do Brasil – é formado por: Igreja do Carmo, que continuará funcionando normalmente; uma sacristia pintada em ponto de ouro; duas capelas; o Museu do Carmo, que reúne um acervo de 1.500 obras de arte, entre imagens sacras, ourivesarias, pratarias, roupas antigas bordadas em ouro, móveis; e dois claustros. O primeiro claustro será aberto à visitação e o segundo destinado aos hóspedes.

Requinte e Alta Gastronomia

Restaurante especializado na alta gastronomia portuguesa, com um cardápio perfeito e menu degustação, que é renovado a cada semana. O ambiente romântico e a arquitetura do restaurante são um espetáculo à parte.

Chef Alexandre Vicki

Recém-chegado ao Convento do Carmo, o Chef Alexandre Vicki já tem vasta experiência com o grupo Pestana, do qual o Convento é parte. Antes de chefiar a unidade de Salvador, o Chef já havia comandado o Pestana de Curitiba e uma unidade das Pousadas de Portugal, em Belmonte, sendo o único estrangeiro a conseguir esse feito. Nos dois últimos anos, Alexandre recebeu os prêmios de Melhor Restaurante Português pelas Revistas Gula e Veja Curitiba e no ano de 2005 foi eleito o Chef Revelação.

The Small Leading Hotels of The World

Antes mesmo de completar um ano, em abril 2006, o Convento do Carmo passou a pertencer à seleta lista de hotéis de luxo da “The Small Leading Hotels of the World”. A Leading Hotels reúne 430 hotéis do mundo todo, divididos nas categorias Leading Small Hotels, com até 100 apartamentos e Leading Hotels, com mais de 100. O Convento é o sexto hotel brasileiro e o primeiro da região nordeste.
Projeto Inovador




O Convento do Carmo Hotel foi reconhecido através da premiação de uma das mais importantes publicações brasileiras. O empreendimento foi eleito o "Melhor Hotel em Local Histórico" pelo Guia Quatro Rodas Brasil 2007, da Editora Abril. A categoria foi criada especialmente em 2006 e é a primeira vez que faz parte do evento.
Já este ano, o Convento do Carmo também entrou para a seleta lista da "Travel + Leisure", uma das mais importantes revistas norte-americanas de turismo. Anualmente, o veículo publica sua lista de melhores novos hotéis em todo o mundo. Em 2007, o Brasil teve três hotéis listados, dentre eles o Convento do Carmo, na categoria, categoria “Clássicos Modernos”. A lista da "Travel + Leisure" é aguardada pelos leitores devido a sua exclusividade.

Setor hoteleiro não registra impactos da crise financeira




Hotelaria
Qui, 04 de Dezembro de 2008 10:00
Até agora, o setor hoteleiro brasileiro em geral não sofreu os reflexos da crise externa. “Não tivemos nem cancelamentos. O turismo em geral no Brasil está bem até depois do carnaval, que é a nossa alta estação”, disse, no Rio de Janeiro, o presidente da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), Álvaro Bezerra de Mello.Segundo ele, a redução dos turistas internacionais este ano, provocada pela valorização do real, fez com que a rede hoteleira buscasse oportunidades na crise. Como o dólar elevado impede viagens de brasileiros ao exterior, o setor está promovendo o turismo interno. E tem obtido resultado satisfatório. “Estamos tendo esse fluxo nacional que está nos ajudando muito agora”.Neste final do ano, a taxa de ocupação tem se mostrado “excepcional”, disse Bezerra de Mello. Nos hotéis do Rio de Janeiro, a ocupação está acima de 90%. “Há muito tempo que não tínhamos uma ocupação tão boa”.O setor está trabalhando no momento com uma parcela de 85% de turistas nacionais e 15% estrangeiros. Ele enfatizou que levará algum tempo até o turista internacional saber que o Brasil ficou mais barato, devido à desvalorização da moeda. O esforço para comunicar esse fato deve ser conjunto, envolvendo governo, empresários, operadoras de turismo e a Embratur.O presidente da ABIH acredita que o movimento continuará bem até o desfile das campeãs do carnaval, no final de fevereiro de 2009. Os maiores destaques são as cidades litorâneas Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Ilha Bela, Angra dos Reis. Salientou que a meta agora é começar a trabalhar para preparar o período pós-carnaval e também a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.Álvaro Bezerra acredita que depois da Copa do Mundo, “o Brasil vai decolar. Aconteceu isso em Barcelona, em Sidney”. Em 2009, entretanto, a avaliação da ABIH é que os turistas domésticos vão continuar prevalecendo nos hotéis brasileiros.

Hotelaria não registra impactos da crise financeira

Como o dólar elevado impede viagens de brasileiros ao exterior, o setor está promovendo o turismo interno.
5 de Janeiro de 2009. Publicado por Vininha F. Carvalho
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Até agora, o setor hoteleiro brasileiro em geral não sofreu os reflexos da crise externa. "Não tivemos nem cancelamentos. O turismo em geral no Brasil está bem até depois do carnaval, que é a nossa alta estação", disse, no Rio de Janeiro, o presidente Nacional da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Álvaro Bezerra de Mello.
Segundo ele, a redução dos turistas internacionais este ano, provocada pela valorização do real, fez com que a rede hoteleira buscasse oportunidades na crise. Como o dólar elevado impede viagens de brasileiros ao exterior, o setor está promovendo o turismo interno. E tem obtido resultado satisfatório. "Estamos tendo esse fluxo nacional que está nos ajudando muito agora", completa.
"Neste final do ano, a taxa de ocupação tem se mostrado ´excepcional", disse Bezerra de Mello. Nos hotéis do Rio de Janeiro, a ocupação está acima de 90%. "Há muito tempo que não tínhamos uma ocupação tão boa".
O setor está trabalhando no momento com uma parcela de 85% de turistas nacionais e 15% estrangeiros. Ele enfatizou que levará algum tempo até o turista internacional saber que o Brasil ficou mais barato, devido à desvalorização da moeda. O esforço para comunicar esse fato deve ser conjunto, envolvendo governo, empresários, operadoras de turismo e a Embratur.
O presidente da ABIH acredita que o movimento continuará bem até o desfile das campeãs do carnaval, no final de fevereiro de 2009. Os maiores destaques são as cidades litorâneas Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Ilhabela, Angra dos Reis. Salientou que a meta agora é começar a trabalhar para preparar o período pós-carnaval e também a Copa do Mundo de 2014, que acontecerá no Brasil.
Álvaro Bezerra acredita que depois da Copa do Mundo, "o Brasil vai decolar. Aconteceu isso em Barcelona, em Sidney ". Em 2009, entretanto, a avaliação da ABIH é que os turistas domésticos vão continuar prevalecendo nos hotéis brasileiros.
Fonte: ABIH/Agência Brasil

Turismo mundial sofre com a crise

27 JAN 09 às 11:56

Segundo previsões da Organização Mundial de Turismo (OMT) divulgadas, esta terça-feira, o turismo mundial vai estagnar ou recuar perto de dois por cento. A crise financeira que está a afectar as economias mundiais é apontada como a principal responsável por esta dimuição.
O número de turistas no mundo vai estagnar ou diminuir perto de dois por cento em 2009, em relação ao ano passado.
Segundo as estimativas da Organização Mundial do Turismo (OMT) apresentadas, esta terça-feira, a recessão económica que está a afectar muitos países europeus é um dos principais factores para este abrandamento.
Em 2008, o número de chegadas de turistas em todo o mundo subiram para os 924 milhões de visitantes, um aumento de dois por cento segundo a Organização Mundial de Turismo.
Evolução Histórica

DelfosSegundo autores, existe duas linhas de pensamentos, no qual a História do Turismo se divide. A primeira seria que o Turismo se inicia no Século XIX como deslocamento cuja finalidade principal é o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou relações familiares. Estes deslocamentos se distinguem por sua finalidade dos outros tipos de viagens motivados por guerras, movimentos migratórios, conquista, comércio, etc. Não obstante o turismo tem antecedentes históricos claros. Depois, se concretizaria com o então movimento da Revolução Industrial. A segunda linha de pensamento se baseia em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer.


[editar] Idade Antiga
Na História da Grécia Antiga, dava-se grande importância ao turismo e para o tempo livre em que dedicavam à cultura, diversão, religião e desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de pessoas, misturando religião e deporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos oráculos de Delfos e ao de Dódona.

Durante o Império Romano os romanos frequentavam águas termais (como as das termas de Caracalla). Eram assíduos de grandes espectáculos, como os teatros, e realizavam deslocamentos habituais para a costa (muito conhecidos como o caso de uma vila de férias a "orillas del mar"). Estas viagens de prazer ocorreram possivelmente devido a três factores fundamentais: a ‘’Pax Romana’’, o desenvolvimento de importantes vias de tráfego e a prosperidade económica que possibilitou a alguns cidadãos meios financeiros e tempo livre.


[editar] Idade Média

Peregrino em MecaDurante a Idade Média ocorreu num primeiro momento um retrocesso devido ao maior número de conflitos e a recessão econômica, entretanto surge nesta época um novo tipo de viagem, as peregrinações religiosas. Embora já tenha existido na época antiga e clássica, entretanto o Cristianismo como o Islã estenderam a um maior número de peregrinos e deslocamentos ainda maiores. São famosas as expedições desde Veneza a Terra Santa e as peregrinações pelo Caminho de Santiago (desde 814 em que se descobriu à tumba do santo), foram contínuas as peregrinações de toda Europa, criando assim mapas e todo o tipo de serviço para os viajantes. Quanto ao Turismo Islâmico de Hajj a peregrinação para Meca e um dos cinco Pilares do Islamismo obrigando a todos os crentes a fazerem esta peregrinação ao menos uma vez em sua vida.





[editar] Idade Moderna

Isabel I, Rainha da Inglaterra e Irlanda.As peregrinações continuam durante a Idade Moderna. Em Roma morrem 1.500 peregrinos por causa da peste.

E neste momento quando aparecem os primeiros alojamentos com o nome de hotel (palavra francesa que designava os palácios urbanos). Como as viagens das grandes personalidades acompanhadas de seu séqüito, comitivas cada vez mais numerosas, sendo impossível alojar a todos em palácio, ocorre à criação de novas edificações hoteleiras.

Esta é também a época das grandes expedições marítimas de espanhóis, britânicos e portugueses que despertam a curiosidade e o interesse por grandes viagens.

Ao final do século XVI surge o costume de mandar os jovens aristocratas ingleses para fazerem um gran-tour ao final de seus estudos, com a finalidade de complementar sua formação e adquirir certas experiências. Sendo uma viagem de larga duração (entre 3 e 5 anos) que se fazia por distintos países europeus, e desta atividade nascem as palavras: turismo, turista, etc.

Existindo um ressurgir das antigas termas, que haviam decaído durante a Idade Média. Não tendo somente como motivação a indicação medicinal, sendo também por diversão e o entretenimento em estâncias termais como, por exemplo, em Bath (Inglaterra). Também nesta mesma época data o descobrimento do valor medicinal da argila com os banhos de barro como remédio terapêutico, praias frias (Niza,…) onde as pessoas iam tomar os banhos por prescrição médica.


[editar] Idade Contemporânea
Com a Revolução Industrial se consolida a burguesia que volta a dispor de recursos econômicos e tempo livre para viajar. O invento do maquinário a vapor promove uma revolução nos transportes, que possibilita substituir a tração animal pelo trem a vapor tendo as linhas férreas que percorrem com rapidez as grandes distâncias cobrindo grande parte do território europeu e norte-americano. Também o uso do vapor nas navegações reduz o tempo dos deslocamentos.


Freedom of the Seas, o maior navio cruzeiro do planeta, símbolo da era das grandes viagens marítimas.Inglaterra torna-se a primeira a oferecer passagens de travessias transoceânicas e dominam o mercado marítimo na segunda metade do século XIX, o que favorecerá as correntes migratórias européias para a América. Sendo este o grande momento dos transportes marítimos e das companhias navais.

Começa a surgir na Europa o turismo de montanha ou saúde: se constroem famosos sanatórios e clínicas privadas européias, muitos deles ainda existem como pequenos hotéis guardando ainda um certo charme. É também nesta época das praias frias (Costa azul, Canal da Mancha,…).


[editar] Thomas Cook
Ver artigo principal: Thomas Cook
Em 1840 Thomas Cook, considerado o pai do Turismo Moderno, promove a primeira viagem organizada da historia. Mesmo tendo sido um fracasso comercial é considera como um rotundo sucesso em relação a organização do primeiro pacote turístico, pois se constatou a enorme possibilidade econômicas que, este negócio, poderia chegar a ter como atividade, criando assim em 1851 a Agência de Viagens “Thomas Cook and son”.

Em 1867 inventa o bono o “voucher”, documento que permite a utilização em hotéis de certos serviços contratados e propagados a través de uma agência de viagens.

Henry Wells e William Fargo criam à agência de viagens American Express que inicialmente se dedica ao transporte de mercadorias e que posteriormente se converte em uma das maiores agências do mundo. Introduzindo o sistema de financiamento e emissão de cheques de viagem, como por exemplo o travel-check (dinheiro personalizado feito com papel moeda de uso corrente que protege o viajante de possíveis roubos e perdas).


[editar] Cesar Ritz

Hôtel Ritz ParisCesar Ritz é considerado pai da hotelaria moderna. Desde muito jovem ocupou todos os postos de trabalho possíveis em um hotel até chegar a gerente de um dos maiores hotéis de seu tempo. Melhorou todos os serviços do hotel, criou a figura do sumiller, introduziu o banheiro nas unidades habitacionais (UHs) criando as suítes, revolucionando a administração. (Converteu os hotéis decadentes nos melhores da Europa, o que lhe gerou o pseudônimo de “mago”).

Ao explodir a Primeira Guerra Mundial no verão de 1914 acredita-se que havia aproximadamente 150.000 turistas americanos na Europa.

Ao finalizar a guerra começa a fabricação em massa de ônibus e carros. Nesta época as praias e os rios se convertem em centros de turismo na Europa começando a adquirir grande importância o turismo costeiro.

O avião, utilizado por minorias em longas distâncias, vai se desenvolvendo timidamente para acabar impondo-se sobre as companhias navais.

A crise de 1929 repercute negativamente em todo o setor turístico limitando seu desenvolvimento até aproximadamente 1932.

A Segunda Guerra Mundial paralisa absolutamente o setor em todo o mundo e seus efeitos se estendem até o ano de 1949.


[editar] O “boom” turístico

Partenon em Atenas, Grécia, um dos monumentos antigos mais visitados da Europa.
Ibiza é uma das Ilhas Baleares
Museu do Louvre, Paris.
Porta de Brandemburgo
Palácio de Westminster e o Big Ben. São alguns dos principais cartões postais de Londres.
Torre Eiffel, principal ícone e ponto turístico de Paris.
Torre de Tóquio, um dos principais pontos turísticos de Tóquio.
Machu Picchu em Cuzco, Peru.
O Templo de Kukulcán, em Chichén Itzá, no México.
Cancún, no México, um dos principais pólos turísticos do país.Entre 1950 e 1973 se inicia a falar de “boom” turístico. O turismo internacional cresce a um ritmo superior ao de toda a sua história. Este desenvolvimento é conseqüência da nova ordem internacional, a estabilidade social e o desenvolvimento da cultura do ócio no mundo ocidental. Nesta época se começa a legislar sobre o setor.

A recuperação econômica, especialmente da Alemanha e do Japão, foi uma assombrosa elevação dos níveis de renda destes países e fazendo surgir uma classe média estável que começa a interessar-se por viagens.

Entretanto com a recuperação elevando o nível de vida de setores mais importantes da população dos países ocidentais. Surge a chamada sociedade do bem-estar que uma vez com as suas necessidades básicas atendidas passa a buscar o atendimento de novas necessidades. Aparecendo neste momento a formação educacional e o interesse por viajar e conhecer outras culturas. Por outra parte a nova legislação trabalhista adotando a semana inglesa de 5 dias de trabalho, a redução da jornada de 40 horas semanais, a ampliação das coberturas sociais (jubilación, desemprego, invalidez,…), potencializam em grande medida o desenvolvimento do ócio e do turismo.

Também estes são os anos em que se desenvolvem os grandes núcleos urbanos e se evidencia a massificação, surge também o desejo de evasão, escapar da rotina das cidades e descansar as mentes da pressão.

Nestes anos se desenvolve a produção de carros em série o que permite acesso cada vez maior a população deste bem, assim com a construção de mais estradas, permite-se um maior fluxo de viajantes. De fato, a nova estrada dos Alpes que atravessa a Suíça de norte a sul supondo a perda da hegemonia deste país como núcleo receptor, pois eles iam agora cruzar a Suíça para dirigir-se a outros países com melhor clima.

A evasão é substituída pela recreação, o que se supõem um golpe definitivo para as companhias navais, que se vêem obrigadas a destinar seus barcos aos cruzeiros.

Todos estes fatores nos levam a era da estandardização padronizando os produtos turísticos. Os grandes operadores turísticos lançam ao mercado milhões de pacotes turísticos idênticos. Na grande maioria utiliza-se de vôos charter, que barateiam o produto e o popularizam. No princípio deste período (1950) havia 25 milhões de turistas, e ao finalizar (1973) havia 190 milhões.

No obstante esta etapa também se caracteriza pela falta de experiência, o que implica nas seguintes conseqüências. Como a falta de planejamento (se constrói sem fazer nenhuma previsão mínima da demanda ou dos impactos ambientais e sociais que se podem surgir com a chegada massiva de turistas) e o colonialismo turístico (existe uma grande dependência dos operadores estrangeiros estadunidenses, britânicos e alemães fundamentalmente).

Na década de 1970 a crise energética e a conseqüente inflação, especialmente sentida no setor dos transportes ocasionam um novo período de crise para a indústria turística que se estende até 1978. Esta recessão implica em uma redução da capacidade de abaixar os custos e preços para propor uma massificação da oferta e da demanda. Na década de 1980 o nível de vida volta a elevar-se e o turismo se converte no motor econômico de muitos países. Esta aceleração do desenvolvimento ocorre devido a melhoria dos transportes com novos e melhores aviões da Boeing e da Airbus, trens de alta velocidade e a consolidação dos novos charter, também observa-se um duro competidor para as companhias regulares que se vem obrigadas a criar suas próprias filiares charter.

Nestes anos se produz uma internacionalização muito marcante das grandes empresas hoteleiras e das operadoras. Buscam novas formas de utilização do tempo livre (parques temáticos, deporte, resorts, saúde,…) e aplicando, ainda mais técnicas de marketing, pois o turista tem cada vez mais informação e maior experiência, buscando novos produtos e destinos turísticos, o que gera uma forte competição entre eles.

A possibilidade de utilização de ambientes multimedia na comunicação transformarão o sector, tornando o dsigner dos produtos, a prestação do serviço, a comercialização dos mesmos de uma maneira mais fluida.

Na década de 1990 ocorre grandes acontecimentos, como a queda dos regimes comunistas europeus, a Guerra do Golfo, a unificação alemã, a guerra da Bósnia, que incidem de forma direta na história do turismo. Trata-se de uma etapa de amadurecimento do setor que seguiu crescendo, sendo que de uma maneira mais moderada e controlada.

Os significativos problemas desta época ocasionaram limitações à capacidade receptiva gerando a necessidade de adequar a oferta à demanda existente, empenhando-se no controle de capacidade de carga dos ambientes patrimoniais de importância históricos e diversificando a oferta de produtos e destinos. Tendo ainda a percepção da diversificação da demanda aparecendo novos tipos perfis de turistas que exigiam uma melhor qualidade.

O turismo entra como parte fundamental da agenda política de numerosos países que desenvolvendo políticas públicas focadas na promoção, no planejamento e na sua comercialização como uma peça clave do desenvolvimento econômico. Melhorando-se mejora a formação desenvolvendo planos de educação especializada. O objetivo de alcançar um desenvolvimento turístico sustentável mediante a captação de novos mercados e a regulação da sazonalidade.

Também as políticas a nível supranacional que consideram o desenvolvimento turístico como elemento importante como o Tratado de Maastricht em 1992 (livre tráfego de pessoas e mercadorias, cidadania européia), e em 1995 a entrada em vigor Schegen e se eliminam os controles fronteiriços nos países da União Européia.

Ocorre novamente um barateamento das viagens por via aérea por meio das companhias de baixo custo (Low cost) e a liberação das companhias em muitos países e a feroz competição das mesmas. Esta liberalização afeta a outros aspectos dos serviços turísticos como a gestão de aeroportos e sem duvida será aprofundada quando entrar em vigor a chamada Directiva Bolkestein (de liberalização de serviços) em tramite no Parlamento Europeu.


[editar] Estatísticas sobre o turismo internacional

[editar] Os principais destinos no mundo
De acordo com as estatísticas da Organização Mundial de Turismo (OMT), uma agência especializada das Nações Unidas, em 2007 aconteceram 903 milhões de chegadas de turistas internacionais, um acréscimo de 6,6% em relação a 2006.[2] Os países mais visitados pelos turistas internacionais em 2006[3] e em 2007[2] são europeus, com a França em primeiro lugar. Em 2007, a Ucrânia e a Turquia entraram na lista dos 10 maiores destinos, superando o México e retirando Rússia e Áustria da lista dos 10 mais visitados. Os seguintes países foram os 10 maiores destinos do turismo internacional em 2007:

Posição
mundial País Continente Chegadas de
turistas
internacionais
em 2007[2]
(em milhões) Chegadas de
turistas
internacionais
em 2006[3]
(em milhões) Aumento
%
2006-07
1 França Europa 81,9 79,1 3,8
2 Espanha Europa 59,2 58,5 1,7
3 Estados Unidos América do Norte 56,0 51,1 9,8
4 China Asia 54,7 49,6 9,6
5 Itália Europa 43,7 41,1 6,3
6 Reino Unido Europa 30,7 30,7 0,1
7 Alemanha Europa 24,4 23,6 3,9
8 Ucrânia Europa 23,1 18,9 22,1
9 Turquia Europa 22,2 18,9 17,6
10 México América do Norte 21,4 21,4 0,3


[editar] Os destinos com as maiores receitas e os paises com as maiores despesas
De acordo com as estimativas da Organização Mundial de Turismo (OMT), em 2007 as receitas geradas a nível mundial pelo turismo internacional atingiram USD 856 bilhões (€ 625 bilhões), que quando, comparados com os USD 742 bilhões (€ 591 bilhões) gerados em 2006, representou um crescimento em preços constantes de 5,6%, levando em consideração as fluctuações da taxa de câmbio e da inflação, já que em 2007 o dólar americano devalou-se 9% em relação ao euro en 2007.[2] Os países que mais arrecadaram com o turismo internacional continuam se concentrando na Europa, mas o maior arrecadador em 2007 continua sendo os Estados Unidos. A China foi o país receptor com o maior crescimento anual nas receitas recebidas do turismo internacional.[2]

As estimativas da OMT indicam que, em 2007 a Alemanha, por quinto ano consecutivo, continua sendo o país que produz as maiores despesas em turismo internacional no mundo. Segundo as projeções de um relatório do Banco Dresdner, em 2008 os alemães e os europeus continuarão sendo os emissores que geram as maiores despesas devido à fortaleza do Euro em relação ao Dólar americano, com uma maior demanda de viagens para os Estados Unidos em comparação com outros destinos.[4]

Segundo as estatísticas da OMT, em 2007 os seguintes 10 países receberam as maiores receitas vindas do turismo internacional, e também se apresentam os 10 países emissores com as maiores despesas em turismo internacional:

Receitas do turismo internacional por país receptor Despesas do turismo internacional por país de emissor
Posição
mundial País Continente Receitas
geradas
turismo intl.
em 2007[2]
(em bilhões) Receitas
geradas
turismo intl.
em 2006[3]
(em bilhões) Aumento
%
2006-07
(preços
correntes) Posição
mundial País Continente Despesas
em turismo intl.
por país emissor
(2007)[2]
(em bilhões) Despesas
em turismo intl.
por país emissor
(2006)[3]
(em bilhões) Aumento
%
2006-07
(preços
correntes)
1 Estados Unidos América do Norte US$ 96.7 US$ 85.7 12,8 1 Alemanha Europa US$82.9 US$73.9 2,7
2 Espanha Europa US$ 57.8 US$ 51.1 3,6 2 Estados Unidos América do Norte US$76.2 US$72.1 5,6
3 França Europa US$ 54.2 US$ 46.3 7,2 3 Reino Unido Europa US$72.3 US$63.1 9,9
4 Itália Europa US$ 42.7 US$ 38.1 2,5 4 França Europa US$36.7 US$31.2 7,8
5 China Asia US$ 41.9 US$ 33.9 23,5 5 China Asia US$29.8 US$24.3 22,5
6 Reino Unido Europa US$ 37.6 US$ 33.7 2,7 6 Itália Europa US$27.3 US$23.1 8,4
7 Alemanha Europa US$ 36.0 US$ 32.8 0,6 7 Japão Asia US$26.5 US$26.9 -0,2
8 Austrália Oceanía US$ 22.2 US$ 17.8 12,2 8 Canadá América do Norte US$24.8 US$20.5 14,4
9 Áustria Europa US$ 18.9 US$ 16.6 4,0 9 Rússia Europa US$22.3 US$18.2 22,1
10 Turquia Europa US$ 18.5 US$ 16.9 9,7 10 Coreia do Sul Asia US$20.9 US$18.9 10,8


[editar] As cidades e as atrações turísticas mais visitadas do mundo

Vista noturna da Times Square, Nova Iorque.
National Mall & Memorial Parks, Washington, D.C..
Castelo da Cinderela, no coração do Magic Kingdom
A Muralha da China, na China
Coliseu em Roma, Itália.
Taj Mahal em Agra, Índia.
Pirâmides de Gizé no Cairo, Egito.
Estátua da Liberdade, um dos principais pontos turísticos dos Estados Unidos da América.A Revista Forbes realizou uma pesquisa em 2007 para classificar as 50 maiores atrações turísticas do mundo, considerando tanto turistas internacionais como domêsticos.[5] Por outra parte, a firma Euromonitor classificou as 150 cidades mais visitadas pelos turistas internacionais no mundo durante 2006.[6] As seguintes são as 10 melhores atrações do mundo segundo a Forbes, e se incluem também alguns outros destinos famosos posicionados dentro dos 50 melhores,[7] e também se apresentam as 10 cidades mais visitadas do mundo e se incluem cidades de países lusófonos que classificaram dentro deste ranking:

Atrações turísticas mais visitadas do mundo em 2007
por turistas domésticos e internacionais[5]
Top 10 Cidades mais visitadas em 2006
por turistas internacionais[6]
Top 10
Posição
mundial Atração turística Cidade País Número de
turistas
(em milhões) Posição
mundial Cidade Número de
turistas
(em milhões)
1 Times Square Nova Iorque EUA 35 1 Londres 15,64
2 National Mall & Memorial Parks Washington, D.C. EUA 25 2 Bangkok 10,35
3 Walt Disney World's Magic Kingdom Lake Buena Vista, FL EUA 16,6 3 Paris 9,70
4 Trafalgar Square Londres Reino Unido 15 4 Cingapura 9,50
5 Disneylândia Anaheim, CA EUA 14,7 5 Hong Kong 8,14
6 Cataratas do Niágara Ontário & Nova Iorque CAN & EUA 14 6 Nova Iorque 6,22
7 Fisherman's Wharf & Golden Gate São Francisco,CA EUA 13 7 Dubai 6,12
8 Tóquio Disneylândia & Disney Sea Tóquio Japão 12,9 8 Roma 6,03
9 Catedral de Notre-Dame de Paris Paris França 12 9 Seul 4,92
10 Disneylândia Paris Paris França 10,6 10 Barcelona 4,69
Outros destinos famosos Cidades lusófonas no ranking
11 Muralha da China Badaling China 10 35 Rio de Janeiro 2,19
18 Torre Eiffel Paris França 6,7 47 Lisboa 1,72
31 Grand Canyon Arizona EUA 4,4 62 São Paulo 1,10
36 Estátua da Liberdade Nova Iorque EUA 4,24 71 Salvador 0,94
37 Vaticano e seus museus Roma Itália 4,2 104 Fortaleza 0,50
39 Coliseu de Roma Roma Itália 4 109 Foz de Iguaçu 0,44
47 Pirâmides de Gizé Cairo Egito 3 118 Búzios 0,36
50 Taj Mahal Agra Índia 2,4 123 Florianópolis 0,31


[editar] Categorias
Ver artigo principal: Lista de segmentos do mercado turístico
Ainda segundo a OMT, dependendo de uma pessoa estar em viagem para, de ou dentro de um certo país, as seguintes formas podem ser distinguidas:

Turismo receptivo - quando não-residentes são recebidos por um país de destino, do ponto de vista desse destino.
Turismo emissivo - quando residentes viajam a outro país, do ponto de vista do país de origem.
Turismo doméstico - quando residentes de dado país viajam dentro dos limites do mesmo.

[editar] Turismo receptivo
O turismo receptivo é o conjunto de bens, serviços, infra-estrutura, atrativos, etc, pronto a atender as expectativas dos indivíduos que adquiriram o produto turístico. Trata-se do inverso do turismo emissivo. Corresponde à oferta turística, já que se trata da localidade receptora e seus respectivos atrativos, bens e serviços a serem oferecidos aos turistas lá presentes.

O turismo receptivo, para se organizar de modo que seja bem estruturado, deve ter o apoio de três elementos essenciais para que esse planejamento seja executado com sucesso. São eles:

Relação turismo e governo em harmonia;
Apoio e investimentos dos empresários;
Envolvimento da comunidade local.
A partir da inter-relação desses elementos é que pode nascer um centro receptor competitivo, lembrando que eles são apenas os essenciais, mas não os diferenciais, uma vez que é o diferencial que fará com que o turista se desloque até esse possível centro.

Nesse centro receptor, além de haver esses três elementos de fundamental importância para a formação do produto turístico, também deve haver outros que devem estar presentes na localidade. Alguns deles: Atrativos naturais e histórico/culturais; acessos; marketing; infraestrutura básica e complementar; condições de vida da população local; posicionamento geográfico; entre outros.


[editar] Importância econômica

Honolulu, a maior cidade do estado do Havaí. O estado é por sí só um dos maiores pontos indutores do turismo nos Estados Unidos da América.O Turismo é a atividade do setor terciário que mais cresce no Brasil (dentre as espécies, significativamente, o turismo ecológico e o turismo de aventura e os cruzeiros marítimos) e no mundo, movimentando, direta ou indiretamente mais de US$ 4 trilhões (2004), criando também, direta ou indiretamente, 170 milhões de postos de trabalho, o que representa 1 de cada 9 empregos criados no mundo.
Tal ramo é de fundamental importância para o profissionalismo do setor turístico e necessário para a economia de diversos países com excelente potencial turístico, como o Brasil.

No Brasil, cidades médias e pequenas que são desprovidas de um próprio centro financeiro, precisam de meios para o crescimento de sua economia e de seu desenvolvimento. Alguns exemplos sobre esse caso são: Vitória, Guarujá, Ilha Bela, Ubatuba, Santos, Ouro Preto, Tiradentes, Paraty, Angra dos Reis, Armação dos Búzios, entre outras.


Paraty, cidade brasileira do estado do Rio de Janeiro, que depende economicamente do turismo.Grandes metrópoles globais também usam o turismo para sua fonte econômica, apesar de terem uma ampla economia de influência nacional ou internacional, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova York, Los Angeles, Londres, Paris, Tóquio, entre outras. Muitas delas utilizam diversos tipos de turismo, como: de negócios, lazer, cultural, ecológico(mais aplicado em cidades menores com maior área rural, apesar de existirem reservas florestais em algumas metrópoles), etc.

Em outros países, entre desenvolvidos e subdesenvolvidos, ocorre o mesmo. Nos Estados Unidos da América, o estado do Havaí, além de ser uma ilha distante do continente, possui também pouca população, em comparação à outros estados, sendo assim, difícil de ter um maior maior crescimento na sua economia. Portanto, o estado teve de optar para o turismo, e hoje é um dos mais famosos pontos turísticos dos Estados Unidos, sendo conhecido por suas belas praias e resorts.

Atualmente, um dos locais que mais crescem com o turismo, é a cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Pela sua localização, próxima à regiões de conflitos étinicos e religiosos, a cidade teve de enfrentar muitos obstáculos para ser conhecida em diferentes partes do mundo. Conta com os mais exóticos e originais arranha-céus, sendo muitos deles, hotéis, tendo destaque para o Burj Al Arab, cartão postal da cidade, e para o Rose Tower, o hotel mais alto do mundo.


[editar] Estudo do Turismo
O estudo do turismo é uma área de recente desenvolvimento dentre as ciências sociais aplicadas. No Brasil os primeiros cursos superiores na área sugiram no início da década de 1970, destacando-se aqueles criados na antiga Faculdade Anhembi e na Universidade de São Paulo, e também o da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Apesar de controverso, o termo turismologia têm sido utilizado para designar essa área de estudos, sendo turismólogo o termo utilizado designar o estudioso da área.


[editar] Turismo nos países lusófonos

[editar] Turismo no Brasil
Ver artigo principal: Turismo no Brasil

Rio de Janeiro é o principal destino turístico dos estrangeiros que viajam ao Brasil.[8]O turismo no Brasil se caracteriza por oferecer tanto ao turista brasileiro quanto ao estrangeiro uma gama mais que variada de opções. Nos últimos anos, o governo tem feito muitos esforços em políticas públicas para desenvolver o turismo brasileiro, com programas como o Vai Brasil procurando baratear o deslocamento interno, desenvolvendo infra-estrutura turística e capacitando mão-de-obra para o setor, além de aumentar consideravelmente a divulgação do país no exterior. São notáveis a procura pela Amazônia na região Norte, o litoral na região Nordeste, o Pantanal e o Planalto Central no Centro-Oeste, além do interesse pela arquitetura brasiliense, o turismo histórico em Minas Gerais, o litoral do Rio de Janeiro e os negócios em São Paulo dividem o interesse no Sudeste, e os pampas, o clima frio e a arquitetura germânica no Sul do país.


Fernando de Noronha, um dos maiores pólos turísticos do país.Contudo, a imagem de que o Brasil é um país muito procurado por turistas estrangeiros, e que esta terra recebe um número enorme de visitantes oriundos de outros países é relativamente enganosa. Apesar das opções variadas e do enorme território a ser visitado, o Brasil não figura sequer entre os trinta países mais visitados do mundo. Alguns fatores como o medo da violência, da má estrutura e falta de pessoal capacitado (como a carência falantes de inglês no serviço público do turismo, por exemplo) podem ser motivos para explicar esta relativamente baixa procura pelo Brasil como destino. Contudo, ao que tudo indica, a razão principal pela baixa procura por estrangeiros pelo Brasil, se deve pelo fato deste país se encontrar distante dos países grandes emissores de turistas. 85% das viagens aéreas feitas no mundo acontecem em, no máximo, duas horas de vôo[carece de fontes?]. Os problemas estruturais e socioeconômicos do Brasil parecem não interferir tanto no fluxo de turistas estrangeiros, uma vez que, segundo o Plano Aquerela, conduzido pela Embratur, 92% dos estrangeiros que estiveram neste país pretendem voltar.

Mas situação do turismo no Brasil aos poucos tem melhorado. Em 2005 o Brasil recebe 564.467 turistas a mais que em 2006. Mas ainda assim o número de estrangeiros é muito pequeno se compararmos, por exemplo, à França, um país com o território de tamanho semelhante ao do estado de Minas Gerais, mas que recebe 14 vezes mais visitantes estrangeiros que o Brasil.

Os países que mais enviaram estrangeiros para o Brasil em 2005 foram:

Principais 15 países emissores de turistas para o Brasil[9]
Posição País de
origem Turistas
estrangeiros
2007 %
total Posição País de
origem Turistas
estrangeiros
2007 %
total
1º Argentina 920.210 18,31 9º Espanha 216.373 4,31
2º Estados Unidos 699.169 13,91 10º Paraguai 206.323 4,11
3º Portugal 280.438 5,58 11º Reino Unido 176.948 3,52
4º Itália 268.685 5,35 12º Peru 96.336 1,92
5º Chile 260.430 5,18 13º Países Baixos 83.554 1,66
6º Alemanha 257.719 5,13 14º Suíça 72.763 1,45
7º França 254.367 5,06 15º Canadá 63.963 1,27
8º Uruguai 226.111 4,50


[editar] Turismo em Portugal
Ver artigo principal: Turismo em Portugal

Praia do Tamariz, Estoril - Portugal é amplamente conhecido na Europa pelas suas estâncias turísticas.Portugal sempre se mostrou como um dos destinos turísticos mais seguros da Europa. Se apesar de até 1974 o país ter sofrido com o seu regime ditatorial, após esta data o turismo em terras portuguesas cresceu imenso.

Lisboa e Cascais foram os pólos iniciais do turismo, aos quais se juntaram mais tarde a Ilha da Madeira e o Algarve; actualmente todo o país goza de um prestígio em todo o mundo.

Hoje em dia, mais de 13 milhões de turistas anuais percorrem os cerca de 1000 quilómetros de costa, visitam os inúmeros locais considerados Património da Humanidade, cruzam as Planícies do Alentejo, escalam a Serra da Estrela, sobem o Rio Douro, mergulham nas praias do Algarve e da ilha do Porto Santo, encantam-se nos Açores ou, ainda, divertem-se nos muitos casinos portugueses.

Actualmente, o Algarve, a região de Lisboa, Cascais e Sintra, a Madeira, e o Porto lideram o ranking de destinos nacionais. O Alentejo Litoral começa também a afirmar-se como um grande pólo turístico onde estão a efectuar-se grandes investimentos nesse sector nomeadamente em Tróia (Grândola) e Santiago do Cacém.


Torre de Belém, em Lisboa.O Algarve é um dos principais destinos de férias, durante todo o ano, dos países nórdicos e do Reino Unido. Vilamoura (o maior complexo turístico da Europa), Portimão, Albufeira e Faro são o centro da actividade algarvia.

Ao passo que os portugueses elegem o Brasil, a Espanha, Cuba, Tailândia, o México, a Itália, Marrocos, Moçambique, Tunísia, Cabo Verde ou a República Dominicana como seus destinos principais, Portugal é escolhido, preferencialmente, por turistas oriundos do Reino Unido, Irlanda, Países Baixos, Dinamarca, Suécia, Noruega, Itália, Bélgica, Alemanha, Suíça, França, Espanha e um número cada vez maior turistas da Rússia, Polónia, Estados Unidos da América, Canadá, Países Bálticos, República Checa, Hungria, Japão e China.

Cultura, sol, praias, diversão, natureza, história e gastronomia são os pratos fortes do turismo português. O turismo é um dos mais importantes sectores da economia portuguesa, representando cerca de 8% do PIB.

Portugal encontra-se entre os 15 países com maior procura turística em todo o mundo.


[editar] Turismo na América Latina
Durante vários anos o México tem sido o destino mais visitado por turistas estrangeiros na América Latina. As receitas do turismo internacional são uma importante fonte de divisas para vários dos países da América Latina, e representa um porcentagem importante do PIB e das exportações de bens e serviços, assim como uma fonte importante de emprego, com destaque da República Dominicana.[10] Segundo o FEM vários dos países da América Latina, ainda que apresentam deficiências nas áreas de infra-estrutura e marco jurídico, são competitivas nos aspectos relativos a recursos culturais e naturais, fatores que fazem atrativo realizar investimentos ou desenvolver negócios no setor de viagens e turismo nos países da região.[11] Por exemplo, o Brasil foi classificado no Índice de Competitividade em Viagens e Turismo de 2008 na posição 49 a nível mundial, mas entre os 130 países avaliados classificou na posição 3 em recursos naturais, e na posição 12 em recursos culturais.[12] A continuação apresenta-se um resumo das principais estatísticas sobre o turismo dos 20 países da América Latina, incluindo indicadores que reflitem a importância que esta atividade tem nas suas economias.

País da
América Latina Chegadas
turistas
internl.[2]
2007
(mil) Receitas
turismo
internl.[2]
2007
(milhões
USD) Receita
média por
chegada[2]
(2) / (1)
2007
(USD/tur) Chegadas
por
1000 hab
(estimado)
2007[2][13] Receitas
per
capita[14]
2005
USD Receitas
%
exportação
bens e
serviços[10]
2003 Receitas
turismo
%
PIB[10]
2003 % Empregos
diretos
e indiretos
no
turismo[10]
2005 Classif.
Mundial
Competitiv.
Turística[11]
TTCI
2008 Valor do
Índice
TTCI[11]
2008
Argentina 4,562 4,313 945 115 57 7,4 1,8 9,1 58 4,17
Bolívia 556 205* 475* 58 22 9,4 2,2 7,6 106 3,44
Brasil 5,026 4,953 985 26 18 3,2 0,5 7,0 49 4,29
Chile 2,507 1,419 566 151 73 5,3 1,9 6,8 51 4,27
Colômbia 1,193 1,669 1,399 26 25 6,6 1,4 5,9 71 3,86
Costa Rica 1,973 1,974 1,001 442 343 17,5 8,1 13,3 44 4,35
Cuba 2,119 1,982 935 188 169 n/d n/d n/d n/d n/d
Equador 953 637 668 71 35 6,3 1,5 7,4 86 3,66
El Salvador 1,339 847 633 195 67 12,9 3,4 6,8 97 3,57
Guatemala 1,448 1,199 828 108 66 16,0 2,6 6,0 68 3,89
Haiti* n/d n/d 685* n/d 12* 19,4 3,2 4,7 n/d n/d
Honduras 831 557 670 117 61 13,5 5,0 8,5 75 3,79
México 21,424 12,901 602 201 103 5,7 1,6 14,2 55 4,18
Nicarágua 800 255 319 143 36 15,5 3,7 5,6 99 3,53
Panamá 1,103 1,185 1,074 330 211 10,6 6,3 12,9 50 4,29
Paraguai 416 102 245 68 11 4,2 1,3 6,4 115 3,24
Peru 1,812 1,938 1,070 65 41 9,0 1,6 7,6 70 3,87
República Dominicana 3,980 4,026 1,012 408 353 36,2 18,8 19,8 63 4,05
Uruguai 1,752 809 462 525 145 14,2 3,6 10,7 61 4,1
Venezuela 771 817 1,060 28 19 1,3 0,4 8,1 103 3,47

Nota (1): Os dados marcados com * não estão disponíveis para 2006 ou 2007 em web sites de acesso público, então se incluiram como referencial os datos disponíves de 2005 para a Bolivia e de 2003 para o Haiti.[14]
Nota (2): A cor sombreado verde denota o país com o melhor indicador e a cor sombreado amarelo corresponde ao país com o valor mais baixo.

primeiro hotel brasileiro

SANTOS DUMONT – PAI DO TURISMO BRASILEIRO!
Átila José Borges



Na primeira década do século passado, os meios de comunicação eram bastante precários e escassos, mas mesmo assim um genial brasileiro era conhecido em boa parte do mundo. ALBERTO SANTOS DUMONT-cognominado o PAI DA AVIAÇÂO – e que cobriu de glórias o nosso país. Os principais países daquela época disputavam à honra de tê-lo como hóspede oficial. O que dizer então de um país sul-americano em recebê-lo? E quanto mais de uma cidade brasileira?
Indiscutivelmente Santos Dumont era um astro de primeira grandeza para a incipiente mídia existente. No auge de sua fama, mais precisamente em 1910 e então com trinta e sete anos, encerrou a sua laureada carreira de inventor, construtor e aviador, inclusive como piloto-de-provas dos seus próprios inventos. Ele estava agora mais livre para atender aos inúmeros convites de todo o mundo. Em abril de 1916 é realizado no Chile um Congresso de Aviação para o qual Santos Dumont é o convidado de honra e, como principal atração, acaba suplantando até as últimas “máquinas voadoras” levadas pelos congressistas. Após o Congresso e quando deveria regressar ao Brasil, via Buenos Aires, cede aos apelos das autoridades argentinas para visitar as “extraordinárias Cataratas do Rio Iguassu”. A bordo de um barco argentino ele chega a “Puerto Iguassu” no dia 22 de abril de 1916, hospedando-se no hotel de Leandro Arechea em Puerto Aguirre na Argentina. Tinha agora quarenta e três anos. Possuía aproximadamente cinqüenta quilos e uma estatura de aproximadamente 1,52cm.
Henrique Dumont Villares, seu tio, escreve: “meu sobrinho gostava de caminhadas. Muito metódico e organizado, era dotado, também, de uma simplicidade natural. Não gostava de fumo e bebida. Apreciava participar de concertos e de ir a teatros. Tinha aversão ao jogo e às frivolidades. Admirava e praticava esportes, sobretudo o tênis. Gozava de excelente saúde, a despeito do corpo franzino”.
Do Congresso de Aviação no Chile, trouxera uma preciosa lembrança; um porta-retrato com a fotografia da chilena Maria Luiza que conhecera durante o evento. Essa lembrança pode ser vista no “Museu da Encantada” em Petrópolis - Rio de Janeiro.

UM ENFOQUE NECESSÁRIO

Em 1915 um brasileiro de nome Frederico Engel estava estabelecido com um hotel em Posadas-Missiones, na Argentina. Um dia recebe um hóspede ilustre: Coronel Jorge Schimmelpfeng, então prefeito da “Vila da Foz do Iguassu” que acaba incentivando o hoteleiro para se instalar na cidade brasileira. Conhecendo o vilarejo de perto e a beleza extraordinária dos “Saltos de Santa Maria”, do lado brasileiro, e animado pelo convite do prefeito, Frederico muda-se com a família. No dia 15 de novembro de 1915 inaugura naquela localidade, o Hotel Brasil, sendo assim o primeiro gerente hoteleiro da cidade.


Avenida Brasil em Foz de Iguaçu – Ano: 1917.
O prédio à direita é o Hotel Brasil – o primeiro hotel da cidade onde se hospedou Santos Dumont.


“À medida que a carroça avançava lentamente com grandes dificuldades, para o turista amante da natureza, esse tempo passava ligeiro, embora fossem tomadas mais de seis horas”. A viagem era sempre cheia de surpresas, além da contemplação da imensa riqueza da mata virgem, das aves e dos bichos. Bandos de papagaios, cabritos, tucanos, pombas, jacus, patos silvestres, araras, garças, andorinhas e passarinhos de todas as espécies enchiam a mata de vida e encanto. Eram comuns encontram milhares de borboletas reunidas que formavam manchas no chão e com a passagem da carroça revoavam, formando verdadeiras nuvens multicores. A fauna era rica, tinha bandos de macacos a saltitar de uma árvore para outra, quatis, lagartos, veados que fugiam assustados ao ver a presença dos intrusos. Também existiam muitas cobras, aranhas-caranguejeiras e até onças que deixavam seus rastros marcados na lama da estrada. Afinal, não era só a vida da fauna que distraía o sacrificado “turista”. Existiam maravilhosas parasitas, orquídeas em árvores frondosas de onde pendiam imensos cipós. Os lindos e frondosos ipês, cobertos de flores amarelas e roxas... Era uma maravilhosa picada que “Culminava com as Cataratas em uma vegetação e fauna vivas."


1915 – Os turistas eram transportados até as Cataratas em precárias estradas carroçáveis.
O percurso durava seis horas. Na foto, de 1915, o irmão de Dona Elfrida Rios transporta um grupo de turistas


Dona Elfrida não continha as emoções sempre ao relatar as preciosas passagens em sua vida. Seus olhos marejavam constantemente em olhos cristalinos e expressivamente vivos. Costumava dizer: "só quem participou como eu, dos árduos trabalhos do meu pai pode dar valor às dificuldades que enfrentou sem esmorecer, desejando o bem comum. Papai não era ganancioso e egoísta, o que desejava ardentemente, como bom patriota, era que nossas cataratas, tão privilegiadas pela natureza fossem conhecidas pelo mundo e visitadas pelo lado brasileiro...” Já, para seu pai, Dona Elfrida não reclama nada: “Não peço nada para o meu pai, a não ser o respeito na história do turismo de Foz do Iguaçu.”. No entanto, para o Sr. Frederico Engel – se já não bastasse o fato da sua luta pioneira, outra belíssima história estava para ser contada. É então mister que voltemos a Santos Dumont e a sua visita às Cataratas do lado brasileiro...
Quando Frederico Engel soube que Santos Dumont estava hospedado no lado argentino e que a sua visita seria encerrada por lá, procurou de imediato o prefeito de Foz do Iguaçu, na época, o Sr. Jorge Schimmelpfeng para convencê-lo o ilustre brasileiro para visitar “o outro lado das cataratas”.
Foi então organizada uma Comissão, da qual fazia parte o Sr. Frederico. Com muito custo foi possível chegar até ao genial patrício que não só a recebeu jubilosamente como aceitou prontamente o convite feito pelo prefeito. No mesmo instante cancelou o resto da sua programação dispensando as honrarias do governo argentino e partiu com a Comissão com destino ao Brasil.
No dia 24 de abril de 1916, para gáudio do Sr. Frederico Engel, o hóspede do quarto número dois do improvisado Hotel Brasil das Cataratas, fez o seu registro no livro de hóspedes, com as seguintes anotações:
“Nombre: Santos=Dumont – Nacionalidad: brazileiro – Procedência: Buenos Aires – Destino: Rio de Janeiro – Llegada: 24-04-1916”.
A municipalidade ainda tomada de surpresa pela repentina decisão de Santos Dumont explode de euforia, improvisando de imediato uma churrascada para homenagear o herói. Durante o encontro o aeronauta ouve mais comentários positivos sobre as maravilhas das Cataratas do lado brasileiro. Já empolgado pela beleza que havia apreciado do lado argentino, não se conteve decidindo conhecê-la logo após o almoço. E assim, acompanhado pelo Sr. Frederico e seu filho, partiram, a cavalo pela difícil trilha. Santos Dumont hospeda-se durante dois dias no pequeno hotel de madeira, à beira das Cataratas. Extasia-se com as majestosas quedas e quer admirá-las de todos os ângulos possíveis. Durante a visita comete uma imprudência que quase lhe custa a vida, segundo comentários do Sr. Frederico. O notável visitante, no afã de “descobrir” as fabulosas quedas, usa como passagem, em cima do Salto Floriano, uma árvore que ali havia encalhado. Foi até a extremidade da tora e ali ficou imóvel por muito tempo apreciando a paisagem, debruçado sobre o abismo. Ao retornar, o Sr. Frederico e filho manifestaram a preocupação pelo inusitado ato, mas Santos Dumont bate-lhe às costas dizendo que as alturas não o perturbavam.
À noite do segundo dia, enquanto tomavam um saboroso café acompanhado de broa caseira e pinhões assados, cozidos e sapecados, o hóspede desejou saber mais sobre as fabulosas caídas de água, bem mais bonitas das que tinha visto do lado argentino. De fato, estava super empolgado pela visita e não deixava de manifestar o seu orgulho em serem brasileiras. Foi quando então, quase deixou a pesada xícara de café cair de suas mãos quando o Sr. Frederico disse: “Não, elas não são brasileiras”... São de propriedade do uruguaio Sr. Jesus Vall. Estupefato, levantou-se num grande impulso e com profunda indignação exclamou:
- Não! Isso não pode ser real... Não concordo de modo nenhum. As Cataratas são brasileiras. Isso é um insulto! Será que as nossas autoridades estão cegas diante dessa grandiosidade? Vou lutar contra essa cegueira. Vou até Curitiba falar com o Presidente do Paraná. Vou levar o meu protesto e descontentamento por essa entrega inconseqüente. Aqui já deveria existir um Parque Nacional... Sua revolta ecoou na escuridão por entre o casebre de madeira e se espalharam pela mata. Voltando-se para seus anfitriões, quase em forma de súplica, pediu:
- Por favor, amanhã mesmo, bem cedo, quero seguir para Curitiba.
O Sr. Frederico procurou argumentar com Santos Dumont que praticamente não existiam caminhos entre Foz do Iguaçu e Guarapuava. O único meio para chegar até lá seria seguir em caravana, por picadas, a cavalo, seguido de morosos muares para levar alimentos e água. De Foz do Iguaçu até a cidade paranaense de Guarapuava foram seis dias de penosa viagem. Só mesmo um espírito intrépido, idealístico e desbravador, qualidades intrínsecas de Santos Dumont poderiam levar alguém a cometer tal desvario. Abrindo picadas e enfrentando centenas de quilômetros por caminhos inacessíveis e dormindo em florestas e descampados, a mercê de infortúnios e desconfortos, o indômito aeronauta dissimulava, agora, um épico bandeirante. Sua indignação pela injustificada apropriação da soberba riqueza das Cataratas, tinha que ser ouvida... Para seu espírito, um elevado propósito não tinha obstáculos. Demonstrava mais uma vez a sua fibra, tenacidade e coragem em vencer obstáculos para realizar-se no propósito que tomara para si e que, na realidade, era de todo o Brasil.



Frederico e Carolina Engel – pais de Dona Elfrida – pioneiros da hotelaria em Foz do Iguaçu e responsáveis pelo convite que mudaria a história do turismo nacional.


A IMPRENSA DESTACA A VIAGEM DE SANTOS DUMONT A CURITIBA

Vale registrar o comentário jornalístico do jornal “A República” de Curitiba, ao reportar na edição do dia 27 de abril de 1916, a propalada visita de Santos Dumont às Cataratas: “Santos Dumont voltou ontem dos Saltos do Iguaçu, mostrando-se encantado com a beleza das quedas e qualificando-as de Niágara Latino.”
O grande brasileiro disse que o nosso Niágara possui a “alma polymorpha, polycrona e polysona, cheia de recônditos mysterios, só apreciáveis de difficeis pontos de observação...Dumont escalou-as intrepidamente, e de volta a esta vila expôs um plano que vai apresentar tornando-as facilmente acessíveis “...o galhardo cavalleiro, o eminente aviador viajou bravamente.” O mesmo jornal, no dia seguinte, estampa em grande destaque, a manchete: SANTOS DUMONT VIRÁ À CURITIBA, com o seguinte comentário:
“Telegramas transmitidos da Foz do Iguaçu...informa-nos que o arrojado aeronauta, depois de visitar os Saltos do Iguaçu, cujas belezas sugestionaram seu espírito, seguiu rumo à Guarapuava, atravessando os nossos sertões para conhecer as nossas exuberantes florestas, estudar os nossos costumes, ter finalmente uma idéia segura do Paraná moderno...A vinda do arrojado aeronauta ao nosso Estado a todos nós deve interessar. “Conhecer Santos Dumont, vê-lo de perto é sentir emocionada a fibra sensível do nosso patriotismo...”.
Não se tem registro dos seis dias que Santos Dumont enfrentou até chegar à cidade de Guarapuava. Sabe-se que seguiu boa parte da jornada seguindo os fios da linha telegráfica.
Finalmente o desbravador dos ares e da terra é recebido às dezenove horas a “dez léguas” da cidade por um expressivo grupo de guarapuavanos tendo à frente o prefeito Luiz Scheleder. Em uma improvisada instalação de madeira é instalado para descansar.
No dia seguinte ele desloca-se, agora de automóvel, e ao chegar a Guarapuava é recebido entusiasticamente por quase toda a população da cidade. Com poucas horas de descanso depois de exaustiva viagem, cumpre ainda um extenso programa que a municipalidade havia programado. As homenagens culminam com uma grande festa noturna. Pacientemente recebe uma torrente de discursos e abraços... Demonstrando grande vigor físico, Santos Dumont passa apenas uma noite em Guarapuava. Tem um firme propósito e quer cumpri-lo o quanto antes. Continua de carro até Ponta Grossa. Recebe uma outra enxurrada de homenagens e parte, no primeiro trem, com destino à Curitiba. Depois de nove dias, desde sua saída de Foz do Iguaçu, finalmente chega a Curitiba.
O discurso para ser apresentado ao Presidente do Estado está na garganta do aeronauta. A sua convicção é insofismável: as Cataratas terão de ser brasileiras! No dia 5 de maio de 1916, às 20h50min o trem que conduzia Santos Dumont dá o primeiro apito de chegada encoberto de vivas pela multidão que se compactava na estação ferroviária. A multidão do lado de fora tenta invadir a estação sendo contida por um forte policiamento de guardas-civis e da Polícia Militar. Segundo a imprensa, a opinião é unânime: quase toda Curitiba estava presente.
As autoridades e personalidades mais representativas da cidade, comprimidas na plataforma da estação, aguardam a descida do ilustre visitante. Quando isso acontece, explode uma profusão de vivas. A primeira pessoa a cumprimentá-lo e entregar-lhe um “rico ramalhete de fores naturais” foi a Sra. Mariana Coelho, Diretora do Colégio que ostentava o nome do homenageado e que tinha sido a primeira instituição, em todo o Brasil, a receber essa deferência. Foi extremamente difícil para o “herói dos ares” descer os degraus da escadaria e chegar até ao “automóvel presidencial” que o esperava. Outra avalanche de homenagens havia sido preparada para Santos Dumont.
Embora contrariado em seu propósito de entrevistar-se com o Presidente do Estado o mais depressa possível, o cerimonial ainda o levou, no dia seguinte por um passeio por via férrea até Paranaguá e no retorno, de automóvel, passagens rápidas pelas cidades de Antonina e Morretes. Exausto teria ainda de enfrentar naquela noite uma recepção com a sociedade curitibana.


Santos Dumont defronte ao tradicional Grande Hotel Moderno.
Os curitibanos queriam vê-lo de perto.

Uma outra exaustiva programação foi cumprida. O “Pai da Aviação” aguardou impaciente a hora de dialogar com o Presidente do Estado. Não queria ser indelicado com o povo que lhe dera tantas demonstrações de carinho.



DIA 8 DE MAIO DE 1916 UMA DATA INESQUECÍVEL PARA O TURISMO BRASILEIRO.
No dia 8 de maio de 1916 Santos Dumont é recebido oficialmente pelo Presidente do Estado Afonso Camargo. Na entrevista manifestou o seu entusiasmo pelas quedas brasileiras de Foz do Iguaçu e, ao mesmo tempo, a sua indignação por tão preciosa riqueza ser de propriedade particular e, surpreendentemente, de um estrangeiro. Reafirmou o propósito da sua viagem ao ver o descaso das autoridades brasileiras pelo estupendo potencial turístico que representavam as Cataratas. Chegou a sugerir que ali fosse construído um Parque Nacional. O Presidente do Estado e os demais presentes ouviram calados e um profundo silêncio se fez. Logo em seguida o Presidente faz uma promessa solene em atender os precisos argumentos do insigne visitante. Santos Dumont deixou o Palácio na certeza de que a busca do seu ideal tinha valido a pena. Ainda assim sobra-lhe energia para enfrentar outra noitada de enfadonhas homenagens. Às 21 horas o “Smart Theatro” ofereceu-lhe uma sessão especial na qual foram projetados documentários paranaenses. No dia seguinte, nove de maio, pela manhã, Santos Dumont embarca na estação ferroviária tendo sido acompanhado carinhosamente pelos curitibanos que conservava o mesmo entusiasmo de chegada a um dos mais importantes brasileiros.
Quase três meses depois de haver tomado a decisão de enfrentar os sertões paranaenses para chegar até ao Presidente do Estado, eis que o Presidente Affonso Alves Camargo cumpre sua promessa: “Decreto nº. 653 – de 28 de julho de 1916 – O Presidente do Estado do Paraná...tendo em consideração a necessidade de reservar-se desde já, uma área de terras junto às Cataratas do Iguaçu, denominadas Santa Maria, na fronteira com a República Argentina, para o estabelecimento de uma povoação e um parque: DECRETA – Fica declarado de utilidade publica para o fim de nele se estabelecerem uma povoação e um parque...baixou com o decreto...o lote de terras concedido a Jesus Vall pelo Ministério da Guerra, na ex-Colônia Militar de Foz do Iguaçu, com a área de mil e oito hectares, à margem direita do Rio Iguaçu, junto aos saltos de Santa Maria. – Assinado: Affonso Alves Camargo e Caetano Munhoz da Rocha.
Com o decreto governamental o uruguaio Jesus Vall deixa de ser “proprietário” das Cataratas e dos duzentos e cinco hectares de terra onde hoje se situa o Parque Nacional. O governo ofereceu ao uruguaio a quantia de dez mil pesos argentinos. Inconformado, dirige várias cartas ao Sr. Frederico Engel lamentando-se que:
“Após 18 anos de sacrifícios... o terreno, a casa e outras coisas não têm valor?”.
Um outro documento importante ligado ao fato é redigido no Rio de Janeiro em 24 de agosto de 1931 pelos senhores Trajano Corrêa e Waldemar Bitencourt endereçado a Santos Dumont. Trata-se de carta datilografada em três laudas da qual extraímos alguns trechos:
“Tendo ciência de que V.Exa. há muitos anos, passando pelo Alto Paraná Brasileiro, em visita às Cataratas de Santa Maria, deslumbrado pela magnificência do cenário que contemplou, demonstrou o desejo de fundar uma Companhia para estabelecer ali um Centro de Turismo nacional e internacional...não é possível que aquela faixa de terra nacional...continue no desprezo criminoso...Ali, em terra nossa, a população é composta de 95% de estrangeiros e a língua usada não é nacional e a própria moeda é estrangeira!...V.Exa. com sua visita às Cataratas de Santa Maria prestou um grande serviço ao Brasil. Foi devido à visita de V.Exa. que o Estado do Paraná adquiriu, por compra, o terreno que fica junto às Cataratas Santa Maria...Fundamos em Foz do Iguaçu uma sociedade civil denominada Centro Turístico das Três Fronteiras...que se propõe a construir uma cidade-jardim e um lindo cassino-hotel junto às Cataratas, estabelecendo navegação brasileira no Rio Paraná...O glorioso nome de V.Exa. – maior de todos nós – por si só representará a vitória da Companhia Nacional de Turismo, na concretização dessa obra de forte brasilidade...Deus guarde V.Exa., melhor orgulho do Brasil...” Infelizmente Santos Dumont não pode participar do projeto alegando estar muito doente...


Santos Dumont é homenageado em Curitiba com uma partida de futebol amistosa.
O local é o campo do Atlético Paranaense, então Internacional Foot-ball Club.

Santos Dumont merece, com toda justiça, que seja também glorificado, com o título de PAI DO TURISMO BRASILEIRO e o dia 8 DE MAIO como a DATA NACIONAL DO TURISMO BRASILEIRO.
Graças a feliz iniciativa de Dona Elfrida Rios e contando com o apoio de entidades, entre as quais o programa de televisão Entre Nuvens e Estrelas, foi colocada uma estátua de Santos Dumont, em tamanho natural, próximo às Cataratas. A iniciativa contou com o apoio de entidades, entre as quais o programa de televisão Entre Nuvens e Estrela que foi apresentado por mais de vinte anos “dedicado à criação, manutenção e elevação de uma sadia mentalidade aeronáutica.”


Na Praça Santos Dumont, que fica a 100 metros das quedas principais das Cataratas do Iguaçu, encontra-se uma estátua, em tamanho natural, homenageando o criador do turismo brasileiro.
Foto: Sidnei Capeletto



No lado esquerdo Ayrton Borges e no direito Átila José Borges - produtores e apresentadores do programa de televisão Entre Nuvens e Estrelas que permaneceu na TV Paranaense Canal 12 de Curitiba por mais de 20 anos.
No centro, o chofer que conduziu Santos Dumont de Ponta Grossa para Curitiba em 1916.

Entre outros significativos projetos, Entre Nuvens e Estrelas foi responsável também pela construção da réplica fiel da aeronave Demoiselle de Santos Dumont e que foi doada ao Museu Aeroespacial; ajudou também a construir o Hospital Brigadeiro Eppinghaus; criou o Museu Entre Nuvens e Estrelas; foi um dos promotores do Concurso Internacional de Documentos Históricos do Centenário de Nascimento de Santos Dumont; construiu e expôs réplica perfeita do Balão Brasil; obteve 11 (onze inscrições) nos Anais da Câmara Federal em Brasília, Assembléia Legislativa do Estado do Paraná e Câmara Municipal de Curitiba; obteve homenagens das forças aéreas do Brasil, dos Estados Unidos, Paraguai, Equador, Itália, Turquia e Vietnã do Sul; criou o Museu Entre Nuvens e Estrelas que recentemente foi doado à Universidade Tuiuti de Curitiba e que o abriga em prédio próprio.